SP: funcionários da CPTM terminam greve após sessão do TRT
Os funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo que estavam em greve encerraram a paralisação na noite desta quinta-feira. Após julgamento no qual a greve foi considerada não-abusiva, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) determinou retorno imediato de 100% da categoria sob pena de multa diária de R$ 200 mil. A decisão foi acatada pelos Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Transporte de Passageiros da Zona Sorocabana e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central.
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Desde as 19h, os ferroviários voltaram ao trabalho. As linhas as linhas 9-Esmeralda, 11- Coral e 12-Safira da CPTM estão em processo de normalização.
De acordo com o TRT-SP, o julgamento do mérito do dissídio foi adiado para a próxima quarta-feira, às 19h.
Na terça-feira, a empresa rejeitou a proposta apresentada pelo TRT que previa, entre outros pontos, reajuste de 8,56%. O tribunal chegou a apelar para os trabalhadores que evitassem a paralisação antes que o TRT emitisse uma decisão sobre o impasse, mas não teve a solicitação atendida.
Segundo a CPTM, os 8,56% de reajuste foram garantidos aos trabalhadores. “O novo índice repõe toda a inflação do período, considerando o IPC-FIPE de 5,91%, e garante aumento real de 2,5%." "Além disso, também foi oferecido aumento de 20% no vale-refeição, que passaria de 22 para 24 cotas de R$ 23 por dia, totalizando R$ 552,00 ao mês", disse a companhia.
Outro benefício oferecido na negociação, segundo a empresa, foi a substituição da cesta básica por vale-alimentação, com valor ampliado de R$ 76,86 para R$ 100. De acordo com informações da CPTM, o salário médio nominal (que consta na carteira de trabalho) dos ferroviários é de R$ 2.646,18 sem adicionais e outros benefícios específicos da categoria.
As linhas de trens 11 (Coral), 12 (Safira) e 9 (Esmeralda) ficaram totalmente paradas durante o dia de hoje. A Linha 8-Diamante, que liga o município de Itapevi ao centro da capital, ficou com apenas uma estação fechada, a Júlio Prestes.
Diariamente, 1 milhão de pessoas utilizam as linhas que ficaram paralisadas. Foi acionado o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), que disponibiliza ônibus para atender aos passageiros que usam os trens na capital paulista.