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SP estima em R$ 250 mil prejuízos na prefeitura após protesto

21 jun 2013 - 22h24
(atualizado às 22h27)
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<p>Jovens chutam porta da prefeitura de São Paulo durante protesto em São Paulo</p>
Jovens chutam porta da prefeitura de São Paulo durante protesto em São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra

A prefeitura de São Paulo informou nesta sexta-feira que os prejuízos com as depredações ocorridas após o protesto da última terça-feira na capital paulista passam de R$ 260 mil. Somente a recuperação do Edifício Matarazzo, sede do Executivo municipal, custará quase R$ 250 mil, segundo cálculo da prefeitura. 

Esse total não inclui o custo de restauro da obra de arte A Guanabara, do artista João Batista Ferri, instalada na frente do prédio e que também foi danificada. Segundo a prefeitura, o trabalho de restauro depende da avaliação de um especialista.

Ainda conforme o Executivo, também devem sair dos cofres públicos mais de R$ 12 mil para a limpeza da fachada do Theatro Municipal e a substituição de vidros quebrados.

Confira as despesas, segundo a prefeitura de São Paulo:

- Serviço de limpeza interna da sede da prefeitura (pessoal): R$ 9.350

- Serviço de manutenção (pessoal): R$ 2.980

- Troca de vidros da sede da Prefeitura: R$ 120 mil

- Colocação de tapumes: R$ 5 mil

- Bandeiras (sede da prefeitura): R$ 1,8 mil

- Restauração de fachada e portas: R$ 100 mil 

- Pintura da grade da entrada do 3º andar: R$ 1,6 mil

- Recomposição de piso em mosaico português na área externa, remoção da guarita da PM, limpeza de pichação e lavagem externa, retirada de lixo e entulho e materiais: R$ 7 mil

- Bandeiras (Viaduto do Chá): R$ 1.455

- Limpeza e substituição de vidros do Theatro Municipal: cerca de R$ 12 mil

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. No dia 19 de junho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciaram a redução dos preços das passagens de ônibus, metrô e trens metropolitanos para R$ 3. O preço da integração também retornou para o valor de R$ 4,65 depois de ter sido reajustado para R$ 5.

Fonte: Terra
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