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SP: desocupação de área invadida termina com 1 morto e 2 feridos

2 ago 2013 - 22h43
(atualizado às 22h46)
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Um homem morreu com um disparo de arma de fogo na cabeça e duas pessoas foram levadas ao pronto-socorro com ferimentos provocados por tiros de borracha após ação da Guarda Municipal (GM) de Piracicaba, no interior de São Paulo, que atuou na desocupação de uma área de proteção ambiental invadida no bairro Bosque do Lenheiro na noite de quinta-feira. O ajudante de pedreiro Frederico Alves de Jesus, 22 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O conflito entre moradores da localidade e os guardas começou na tarde de ontem e prosseguiu até o final da noite. Dois ônibus do transporte coletivo foram incendiados e as chamas atingiram a rede elétrica, que foi desligada. Com boa parte do bairro às escuras, a Polícia Militar foi chamada para restabelecer a ordem e também foi hostilizada, segundo informação da Polícia Civil. 

O helicóptero Águia foi acionado e equipes monitoraram a área. Ninguém foi preso. A Polícia Civil recolheu as armas e motocicletas usadas pela Guarda Municipal para perícia após denúncia de que uma das vítimas pode ter sido atropelada propositalmente por um dos guardas. 

Em nota, a Guarda Municipal alegou que os guardas foram recebidos pelos moradores com paus e pedras. Um deles notou que havia uma pessoa caída na rua, mas, segundo a GM, “não pode parar para socorrê-la devido ao grande número de pessoas que se aproximavam para apedrejar o veículo”. Ainda de acordo com o comunicado, por causa da violência dos moradores, os guardas decidiram acionar uma viatura do Serviço de Atendimento Movel de Urgência (Samu) para atender as vítimas. 

A GM disse também que quatro viaturas da corporação foram danificadas devido à violência com que objetos foram atirados contra a equipe. Motoristas e condutores de ônibus reclamaram que foram ameaçados, e os coletivos deixaram de circular pelas imediações na noite de ontem e na manhã desta sexta-feira. 

O delegado de plantão Emerson Gardenal registrou o caso, que deve seguir para a Delegacia de Investigações Geral. Ele garantiu que a polícia vai apurar se houve excessos e omissão de socorro, já que testemunhas alegam que os guardas deixaram o local sem prestar socorro às vitimas. A prefeitura de Piracicaba informou que aguarda o resultado dos laudos da perícia e, neste momento, prefere não se manifestar.

Fonte: Especial para Terra
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