PUBLICIDADE

Cidades

SP: com casa rachada, vizinha de desabamento vive incerteza

Mulher, que cuida de filha com problema renal, teme efeitos de desabamento em São Bernardo do Campo

23 mai 2013 - 17h46
(atualizado às 17h58)
Compartilhar
Exibir comentários
Maria Vilma aguardava na quinta-feira uma posição oficial sobre a sua residência, que sofreu rachaduras
Maria Vilma aguardava na quinta-feira uma posição oficial sobre a sua residência, que sofreu rachaduras
Foto: Bruno Santos / Terra

A operadora de caixa Maria Vilma, 32 anos, ainda custava, na tarde desta quinta-feira, a acreditar no que tinha acontecido ao lado de sua casa, na Vila São Pedro, periferia de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Ao meio dia, a casa de seu vizinho, Eduardo Pereira, 33 anos, desabou. A de outro vizinho ruiu parcialmente, enquanto uma terceira foi interditada por motivos de segurança. 

Relembre desabamentos que chocaram o Brasil

Por volta das 17h, Maria Vilma ainda aguardava uma posição oficial sobre a sua residência, que sofreu algumas rachaduras. Enquanto conversava com assistentes sociais da prefeitura de São Bernardo do Campo, o marido permanecia sentado em uma cadeira, na garagem da casa, embalando o sono da filha, de 8 anos, que sofre de problemas renais. A família, que ainda conta com outro filho, de 15 anos, ainda não sabia onde passaria a noite.

"Até agora, a Defesa Civil não entrou aqui. O bombeiro analisou e a casa está rachada de ponta a ponta. Deram cinco minutos para eu retirar algumas coisas e não disseram mais nada. Para onde eu vou? Minha mãe mora no interior", disse ela. De acordo com a mulher, a filha tem um rim que não funciona e outro trabalha com apenas 20% da sua capacidade.

"Minha filha tem problema renal. Está ali desde a hora que chegou da escola. Isso é um descaso. A gente passa a vida esperando pavimentação para acontecer isso. Estava um descaso. Faziam um pouquinho aqui, outro ali. A obra não acaba nunca", disse. Segundo ela, com as máquinas pesadas trabalhando, várias casas tiveram rachaduras. "Se analisar essas casas aqui, está tudo trincado, tudo rachado. Tem morador há 30 anos esperando asfalto. Era para fazer um serviço direito, decente", afirmou.

Ela conta que, pela manhã, os tratores trabalharam intensamente em frente à casa que ruiu. "A manhã todinha foi trator para lá e para cá. Não tenho para onde ir. Tenho uma criança doente, com problema renal grave, jogada na casa de um vizinho, de outro", queixou-se. "Se a gente tivesse condições, estava num lugar decente", completou.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade