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SP: após reunião, manifestantes decidem ficar na Câmara de Rio Preto

Depois de reunião com vereadores, manifestantes decidem continuar com ocupação na Câmara de Rio Preto

17 jul 2013 - 02h44
(atualizado às 09h06)
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Após duas reuniões e uma assembleia que durou até a madrugada desta quarta-feira, os cerca de 70 manifestantes que acampam desde quinta-feira na Câmara Municipal de São José do Rio Preto (SP) decidiram continuar com a ocupação. Na manhã desta quarta-feira deverá haver nova assembleia para avaliação do movimento, organizado pelo grupo Vergonha Rio Preto. Antes das reuniões, o presidente da Câmara, Paulo Pauléra (PP), ajuizou pedido de manutenção de posse para acabar com a ocupação. O pedido pode ser julgado ainda hoje.

Manifestantes afirmam que só deixam o local depois que os vereadores atenderem a uma lista com seis pedidos de urgência
Manifestantes afirmam que só deixam o local depois que os vereadores atenderem a uma lista com seis pedidos de urgência
Foto: Chico Siqueira / Especial para Terra

Mesmo assim, os manifestantes afirmam que só deixam o local depois que os vereadores atenderem a uma lista com seis pedidos de urgência. As seis principais exigências são: o fim do recesso parlamentar, a retirada de itens abusivos do regimento interno da Casa, desconto das faltas dos vereadores nos vencimentos, criação de vagas nas creches da cidade, fim da inclusão de áreas rurais no perímetro urbano e a não destruição de uma praça para construção de um terminal rodoviário. 

As reivindicações foram apresentadas durante uma reunião na noite de ontem com 10 vereadores. Pela primeira vez, os manifestantes puderam deixar o saguão, onde estão acampados, para se reunir no salão do plenário da Casa. Além as reivindicações de urgência, outra lista, com sete itens que demandam mais tempo para serem cumpridos, foi apresentada. Os vereadores disseram que apenas duas exigências poderiam cumprir de imediato, que são o fim do recesso parlamentar e a mudança no regimento interno. Os outros itens necessitariam da votação de todos vereadores ou seriam de competência do Executivo.

Numa assembleia que terminou por volta das 2 horas desta quarta-feira, os manifestantes avaliaram como positiva a reunião com os vereadores, já que a maioria deles apoiou o movimento e se comprometeu a atender parte das exigências. 

Inicialmente, o grupo pensava em deixar o prédio hoje, após uma audiência pública sobre inclusão de uma nova área rural no perímetro urbano, marcada para as 18 horas, mas durante a assembleia, os manifestantes recuaram e decidiram continuar acampados. Duas circunstâncias podem obrigá-los a sair mais rápido: o atendimento à pauta pelos vereadores ou a ação da polícia em atendimento a uma possível reintegração de posse ajuizada concedida pela Justiça ao pedido feito pela presidência da Casa.

“Nossa intenção é continuar acampados aqui até que uma assembleia decida quando deveremos sair e se vamos ocupar outro espaço”, disse Fábio Mouawad Lupi, da comissão de mídia do Vergonha Rio Preto. Segundo ele, mesmo que houver uma intimação da Justiça para deixar o prédio, o grupo deverá discutir em assembleia se deixa o local ou se resiste.

Segundo ele, o grupo iria elaborar atas das reuniões com os vereadores e levá-las para cada um deles para que eles assumam o que foi prometido durante o encontro da noite de ontem. “O que vemos é que na nossa frente eles assumem uma coisa, mas depois eles mantêm um posicionamento diferente. A ata será nossa segurança”, comentou Fábio.

Fonte: Especial para Terra
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