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SP: 'gatos' de luz chegam a 200 mil na área da Eletropaulo

14 out 2012 - 14h27
(atualizado às 15h07)
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As ligações clandestinas de energia elétrica ainda são frequentes em São Paulo. Na área de concessão da AES Eletropaulo - que atende 6,1 milhões de clientes em 4.526 km², abrangendo 24 cidades -, a estimativa é que existam 200 mil dos chamados "gatos", como é popularmente chamado quando pessoas que não são clientes da concessionária se conectam voluntariamente à rede de distribuição para furtar energia.

"Gatos" na Chácara Bananal, comunidade no bairro do M'Boi Mirim
"Gatos" na Chácara Bananal, comunidade no bairro do M'Boi Mirim
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Segundo a AES, a maior concentração destas irregularidades em São Paulo está em áreas de baixa renda e com formação de favelas, geralmente na periferia das cidades ou locais de proteção ambiental, como o cinturão das represas Billings e Guarapiranga, região que engloba trechos dos municípios de São Paulo, Diadema e São Bernardo do Campo.

Os "gatos" provocam acidentes que podem, inclusive, levar à morte, já que a instalação é feita por pessoas sem a devida qualificação e causam incêndios e choques elétricos. Além do risco de segurança, as ligações clandestinas geram prejuízos de natureza técnica e econômica. A concessionária explica que, para atender certa região, a rede de distribuição é construída com o nível de carga alinhado ao consumo informado pelos clientes. "Então, a instalação irregular prejudica a qualidade da energia fornecida, pois excedem os níveis pré-determinados de carga, deterioram o nível de tensão da vizinhança, provocam desligamentos e sobrecarga na rede elétrica", informa a Eletropaulo.

Nas áreas nobres, embora os "gatos" sejam raros, o que ocorre é a manipulação do sistema de medição para reduzir o valor da conta de energia. A fraude é feita por consumidores dos segmentos residencial, comercial e industrial.

Fonte: Terra
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