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Sistema Cantareira mantém mesmo nível pelo 4º dia em SP

Represas do sistema Cantareira estabilizaram em 5,1% de sua capacidade, já contabilizando a segunda cota do volume morto

28 jan 2015 - 09h31
(atualizado às 09h42)
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<p>Ssitema Cantareira enfrenta a pior crise de abastecimento da história</p>
Ssitema Cantareira enfrenta a pior crise de abastecimento da história
Foto: Isadora de Barros / vc repórter

A chuva que caiu em São Paulo nos últimos dias conseguiu manter o Sistema Cantareira no mesmo nível pela quarta medição seguida. Segundo a Sabesp, desde domingo as represas do reservatório operam com 5,1% de sua capacidade, já contabilizando a segunda cota do volume morto. Nesta terça, a região do Cantareira registrou 7,6 milímetros de chuva, em um acumulado de 141,8 milímetros no mês. A média histórica para janeiro é de 271,1 milímetros.

A chuva ainda provocou aumento no nível na maioria dos reservatórios da região metropolitana: Guarapiranga (46% para 47,4%), Alto Tietê (10,4% para 10,6%), Rio Grande (de 74,1% para 74,6%) e Alto Cotia (28,4% para 28,5%). O Sistema Rio Claro, que passou de 27,1% para 26,6%, foi o único que registrou queda.

Redução de pressão

Nesta segunda-feira, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) começou a divulgar os horários e locais em que ocorre redução na pressão da água na rede. A restrição do fornecimento acontece todos os dias, quase sempre a partir das 13h, e chega a durar até 18 horas. 

Parabéns São Paulo! Te desejo água e sabedoria

Para que a redução cause o "menor transtorno na rotina", a Sabesp sugere que o consumidor "tenha no imóvel reservação de água adequada ao consumo dos usuários por 24 horas e verifique se as instalações internas estão ligadas à caixa d’água e não diretamente à rede da rua”.

Calculadora dos Sonhos

Outra ferramenta disponibilizada para o controle da falta d'água dos paulistas é a página da internet Calculadora dos Sonhos. No site, o consumidor pode selecionar qualquer região de qualquer município da Grande São Paulo para descobrir o horário em que ela sofre redução de pressão. No Centro, ocorre das 13h às 6h30. Em Itaquera, das 15h às 7h. No Jaguaré, das 13h às 3h. Em Moema, das 13h às 5h30. Em Santo Amaro, das 17h às 7h.

Veja imagens de drone da retirada do volume morto do Cantareira:

Rodízio

O diretor metropolitano da Companhia Estadual de Saneamento Básico (Sabesp), Paulo Massato Yoshimoto, alertou nesta terça que a empresa poderá adotar o sistema de rodízio de cinco dias por semana sem água, caso não aumente o volume de chuvas no Sistema Cantareira. A decisão será tomada somente em situação extrema. “Se as chuvas insistirem em não cair teremos de fazer um rodízio muito pesado para ter uma economia necessária e não deixar que o nível continue caindo como está”, disse durante visita a Suzano, ao lado do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Massato afirmou que a engenharia da Sabesp está atenta: havia um planejamento feito em dezembro de 2013 para aguardar as chuvas do verão. Estas não aconteceram. Mesmo assim, o uso planejado evitou que a água acabasse no ano passado. “Nós nos preparamos para passar o outono e o inverno. Esperávamos que a partir de outubro, na primavera, ocorressem as precipitações mínimas históricas. Só que o ano hidrológico 2014-2015 está sendo mais crítico do que o anterior”.

Sobre a disponibilização de uma lista com horários e locais que apresentem diminuição da pressão na rede de abastecimento no site da empresa a partir da semana passada, Massato explicou que a manobra, que provoca falta de água em diferentes regiões da cidade - feita somente de madrugada -, passou a ser informada durante o dia. “Passamos a informar desde o momento em que a medida passou a ser adotada também à tarde. Está atingindo toda a região metropolitana de São Paulo. Se os órgãos reguladores chegarem à conclusão de que temos que retirar menos água do que estamos retirando teremos que adotar o rodízio”, disse.

Fonte: Terra
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