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Sistema antineblina de Cumbica será inútil para 70% dos voos

7 mai 2013 - 08h44
(atualizado às 08h50)
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Ao custo de R$ 8,9 milhões, o sistema antinevoeiro prestes a entrar em operação no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, atenderá a minoria dos voos e será usado raramente - pouco mais de um dia a cada ano. Chamado de "ILS (Sistema de Pouso por Instrumentos, na sigla em inglês) categoria 3a", o equipamento estará em funcionamento neste inverno, disse a Infraero, estatal que o comprou e o instalou. A maioria dos passageiros que usa Cumbica, no entanto, não será beneficiada pelo equipamento, já que usar o antinevoeiro requer que as companhias aéreas tenham aviões certificados e pilotos treinados - o que TAM, Gol, Azul e Avianca Brasil não têm. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Elas são responsáveis por 70% dos voos no aeroporto. Assim, quando houver nevoeiro em Cumbica, o que deve ocorrer principalmente no mês que vem, os voos dessas empresas terão que ser desviados para outros lugares. A justificativa das empresas é o custo: treinar pilotos para o ILS 3 é caro e exige treinamento contínuo. Em Cumbica, que fecha cerca de 40 horas (0,4% do ano) ao ano por causa da neblina, o investimento não compensa, diz Ronaldo Jenkins, diretor da Abear, associação que reúne TAM, Gol, Azul e Avianca. As maiores companhias, diz ele, são habilitadas para o ILS 2, na qual os pousos ocorrem com visibilidade horizontal mínima de 350 m e permitem operar na maior parte do ano em Cumbica. O novo equipamento do aeroporto permite ao avião pousar com visibilidade de 175 m à frente, mesmo sem o piloto enxergar o chão.

Fonte: Terra
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