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Sete manifestantes entregam pauta de reivindicações ao Congresso

21 jun 2013 - 20h46
(atualizado às 20h48)
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Uma pauta de 13 reivindicações foi protocolada nesta sexta-feira no Congresso Nacional por sete pessoas que participaram da manifestação de ontem em frente ao Parlamento. O documento foi apresentado nos protocolos do Senado, da Câmara e da Comissão de Legislação Participativa.

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Na Câmara, os manifestantes foram recebidos pelo diretor-geral da Casa, Sérgio Sampaio, a quem entregaram o documento com as reivindicações. Os jovens informaram que decidiram apresentar uma pauta comum para dar foco único às reivindicações.

Entre os pleitos dos manifestantes, estão a rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que tira poder de investigação do Ministério público, a aprovação da PEC que prevê o fim do voto secreto, mais investimentos para a saúde, a educação e a segurança pública, além da criação de comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar possível superfaturamento das obras da Copa.

Outras reivindicações são o fim do foro privilegiado para algumas categorias, veto ao projeto do Ato Médico e melhorias no transporte público.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Agência Brasil Agência Brasil
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