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Sem Alckmin e ainda em obras, monotrilho é testado em São Paulo

10 jan 2014 - 12h43
(atualizado às 13h59)
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Sem a presença do governador Geraldo Alckmin, que alegou “problemas com audiências”, segundo o secretário estadual de Transportes Jurandir Fernandes, foi testado, nesta sexta-feira, o primeiro monotrilho do Brasil na Linha 15 Prata (Ipiranga-Hospital Cidade Tiradentes), no bairro de Vila Prudente, na zona leste de São Paulo. O trem ficará em fase de testes por até 60 dias a partir de março e deverá ser entregue em meados de maio.

Ainda em obras, o trem foi testado em um trajeto entre a futura estação Oratório e o pátio de manobras de trens, ambos em construção. Ao todo serão 18 estações em 26,6 quilômetros de vias elevadas, dois pátios e 58 trens. Segundo o governo do Estado, a expectativa é de que mais de 500 mil passageiros sejam atendidos diariamente em média. O investimento foi de R$ 6,4 bilhões.

O evento começou com mais de uma hora de atraso e o secretário de Transportes logo justificou a ausência do governador Alckmin. “Ele pediu para que nós fizéssemos o evento. Ele não conseguiu chegar então vamos tocar o evento sem a presença dele. Ele está no Palácio (dos Bandeirantes), mas está com bastante problemas de audiências. Nós ainda aguardamos um pouco mais, mas em função do trabalho de toda imprensa ele não quis atrasar mais”, disse Jurandir.

A entrega do monotrilho estava prevista para 2010, porém, o secretário disse que essa promessa era impossível de ser cumprida.

“Em 2010 foi assinado a compra dos trens, mas quem disse que ia inaugurar em 2010 não sabia o que estava fazendo. Como pode isso? Os trens começaram a ser testados em 2012 no Canadá. Não sei se foi erro, mas em 2010 os trens foram comprados. Um atraso de janeiro a março não é algo penalizável. Se não entregamos em janeiro estaremos entregando os trens em março. Isso está dentro da margem de erro. O que é inusitado é prometer em 2010 sendo que compramos os trens em 2010. Não se faz um trem em menos de 24 meses”, explicou Jurandir.

Em relação ao impacto da obra para o trânsito da região, Jurandir disse que os efeitos foram pequenos. “O impacto dessa obra não foi dos maiores, mas sempre há impacto. O benefício será por 30, 40 anos. É um equipamento para o resto da vida. A população está entendendo isso e é só olhar o entorno com diversos lançamentos imobiliários. A comunidade compreendeu a vantagem”.

Segundo o secretário, a ideia é entregar até o fim de 2014 as estações Vila Prudente e Oratório, além do Jardim Planalto e Camillo Haddad. Já em 2015, a ideia é levar a linha para a avenida Jacu Pêssego e em 2016 chegar a Tiradentes.

“Os benefícios são imensos. Hoje quem está na Cidade Tiradentes leva 120, 110 minutos. Esse tempo está sendo reduzido para 50 ou 40 minutos. Ele vai ganhar muito tempo por trecho. Se você considerar 20 dias úteis ele vai ganhar cerca de 60 horas por mês. Esse é o primeiro impacto. O outro é que você vai jogar todo o volume de passageiros para um sistema não poluente, silencioso e não intrusivo nas vias. Vamos liberar as vias acompanhadas por ciclovia”, disse.

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Fonte: Terra
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