Secretaria: esvaziamento do Iaserj é feito com segurança
A Secretaria de Saúde do Saúde, em nota divulgada neste domingo, afirmou que a transferência de pacientes do Hospital Central do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj) está sendo feita "com segurança e apoio de junta médica". Esta semana, a Justiça suspendeu a liminar emitida em junho, autorizando a remoção dos internados na unidade e a desativação dos serviços na instituição. No local, será erguido um centro de tratamento e pesquisa do câncer.
O processo de transferência iniciou na noite de ontem, por volta das 21h, quando cerca de 100 policiais militares ocuparam os arredores do hospital para dar apoio ao esvaziamento. Os pacientes foram transportados em seis ambulâncias avançadas, aparelhadas com respirador, cardioscópio e bombas infusão, próprias para pacientes em estado grave. Outras quatro ambulâncias do Corpo de Bombeiros levaram pacientes de baixa complexidade. As viagens foram monitoradas por médicos e enfermeiros.
De acordo com a Secretaria de Saúde, mais de 40 profissionais entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, equipe de humanização e bombeiros participaram da ação. Uma junta médica analisou prontuários, exames e o estado clínico de cada paciente para determinar a condição de transferência. Dos 12 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) existentes na unidade, 11 estavam ocupados. Dez desses pacientes foram levados para os 24 novos leitos de UTI construídos no Hospital Estadual Getúlio Vargas.
Um dos internados, que apresentava quadro com múltiplos infartos e AVCs, não tinha condições de fazer uma remoção segura e permaneceu no Iaserj. Outro paciente, que estava internado em um leito comum da unidade, foi avaliado pela junta médica como indicativo para UTI e também foi levado para o HEGV. A equipe do Getúlio Vargas fez nova avaliação na chegada e concluiu que a transferência foi um sucesso, segura e não alterou o quadro clínico destes pacientes, de acordo com a secretaria.
O ambulatório existente no Hospital Central do Iaserj passa, a partir desse final de semana, a funcionar no prédio da instituição localizado na rua Jaceguai, na Tijuca. Para isso, a Secretaria de Estado de Saúde reformou o prédio, que estava desativado. O governo do Estado também ampliou outra unidade do Iaserj, o Hospital Eduardo Rabelo, em Campo Grande.
Cessão de terreno
A cessão do terreno do Hospital Central do Iaserj ao Instituto Nacional de Câncer foi feita pelo governo do Estado em 2008 e, desde então, o cronograma de migração do serviço foi discutido entre governos federal e estadual, servidores, associações de pacientes e de moradores do entorno do atual Iaserj. A Secretaria de Saúde afirmou que dois motivos levaram a decisão: o aumento da demanda por tratamento de câncer e a consequente necessidade de ampliar a capacidade de atendimento do Inca; e o fato de desde 1999 o servidor do Estado não mais contribuir para a manutenção da instituição, levando a uma redução drástica de produtividade na unidade central.
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