O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano (Sintraturb) da região metropolitana de Florianópolis admitiram nesta segunda-feira voltar integralmente ao trabalho, mesmo com o impasse com relação ao reajuste da categoria, desde que as catracas estejam liberadas para a população. Em nota, o sindicato da categoria propôs a chamada “greve ao contrário” e se disponibilizou a retornar às atividades ainda hoje se não for cobrada tarifa dos passageiros.
<a data-cke-saved-href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm" href="http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm">veja o infográfico</a>
“Nos colocamos à disposição da Justiça e da cidade para fazer uma ‘greve ao contrário’. Ao invés de paralisar os serviços, nos propomos a operar 100% da frota dos transportes, desde que os ônibus circulem sem a cobrança das tarifas, em sistema de 'catraca livre', enquanto durar o impasse”, afirmam os trabalhadores em nota.
O sindicato ainda ressaltou que não defende o reajuste das tarifas e rebateu o prefeito César Souza Júnior (PSD). Pela manhã, o chefe da administração municipal criticou a greve e qualificou o ato de “sindicalismo selvagem”. No entendimento dos sindicalistas, as declarações do prefeito seriam uma forma de “jogar a população contra os trabalhadores do transporte”.
O Sintraturb também questionou a determinação do Tribunal Regional do Trabalho, que impôs que 100% da frota estivesse operando em horários de pico. “Cem porcento de operação resulta na não-greve e estamos recorrendo dessa decisão arbitrária que quer, no fim, criminalizar os trabalhadores do transporte coletivo e justificar ações mais drásticas contra os trabalhadores”, afirmou o sindicato na nota.
Greve deixa 400 mil sem ônibus e causa filas em Florianópolis:
Os trabalhadores decidiram paralisar as atividades na noite de domingo e não têm previsão de retorno
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 100% da frota circulasse pela manhã, mas a medida não foi cumprida
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra
O prefeito de Florianópolis, César Souza Júnior, rechaçou qualquer possibilidade de reajuste da tarifa (que hoje custa R$ 2,90), conforme vem sendo solicitado pelas empresas de transporte
Foto: Marcelo Bittencourt / Futura Press
Na madrugada desta segunda-feira, os ônibus foram recolhidos às garagens das empresas e os terminais de integração foram fechados
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra
A greve já era esperada em Florianópolis, e o reflexo na manhã desta segunda-feira foi visto nos terminais, que não tinham movimento de passageiros
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra
A prefeitura criou um esquema de transporte alternativo com cerca de 200 vans e micro-ônibus escolares cadastradas para atender aos usuários