SC: no 5º dia de atentados, moradores sofrem para voltar para casa
Os atentados ocorridos em Santa Catarina nos últimos cinco dias transformaram a “volta para casa” em um martírio para milhares de trabalhadores da região metropolitana de Florianópolis.
O serviço de transporte coletivo paralisou totalmente suaes atividades por volta das 23 horas, deixando muitos usuários sem ter como retornar para suas residências. Após esse horários, apenas três ônibus deixaram o Terminal Integrado do Centro (TICEN), e mesmo assim, escoltados por viaturas da Polícia Militar.
Nos bairros, a situação era ainda mais complicada. Os terminais foram fechados pouco depois das 21 horas, fazendo com que muitos passageiros recorressem a pedidos de carona para tentar chegar à região central.
“Trabalho na Lagoa, mas moro no continente”, disse a garçonete Gabriela Schmittel Alves, 28 anos. "Preciso chegar ao centro antes que o terminal encerre as atividades, senão terei que pegar um táxi, Um absurdo isso”, completou.
Policiais militares permaneceram de prontidão para conter possíveis protestos, como os ocorridos na última sexta-feira. Mesmo assim, usuários se revoltaram com a medida.
“O governo está perdendo e quem sofre somos nós”, disse o vigilante Camilo Quinteiro, 34 anos. “Meu chefe teve que mandar um táxi me buscar no centro para poder chegar ao trabalho. E quem não tem essa condição?”, questionou.
De acordo com as informações da Polícia Militar, já foram registrados 52 ataques em cinco dias da nova onda de violência. Nesta segunda, o governador Raimundo Colombo (PSD) admitiu que irá pedir auxílio ao Governo Federal para tentar conter os atentados.