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SC: em meio a greve, usuários usam redes sociais para conseguir carona

11 jun 2013 - 22h10
(atualizado às 22h20)
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Usuários do transporte coletivo de Florianópolis que enfrentam o segundo dia consecutivo de greve apelaram às redes sociais para conseguirem chegar ao trabalho ou à escola. Um grupo de internautas criou a hashtag (marcador de assuntos em redes sociais) #caronafloripa para que as pessoas utilizassem o Twitter para informar onde estavam. A “carona solidária” também foi replicada pelo Facebook, e já conta com 24 mil membros - cerca de 1,3 mil novos usuários apenas nos dois dias de greve.

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A intenção dos usuários é estimular os motoristas a auxiliarem aqueles que dependem de ônibus na região metropolitana de Florianópolis. “Estava no centro e precisava chegar até a Lagoa da Conceição. Pela internet consegui uma carona em 20 minutos”, conta Amanda Bertoluzzi, 28 anos, estudante de Arquitetura. “Se a greve continuar, nesta quarta vou tentar fazer a mesma coisa para ir embora do trabalho."

Muitos internautas usaram a rede para oferecer carona, como o caso de Patrícia Karla. “Ofereço carona amanhã, saindo do bairro Itacorubi às 7 horas  até a praça do Colégio Catarinense “, escreveu.

Sem transporte coletivo, muitos trabalhadores dependeram das vans colocadas à disposição pela prefeitura de Florianópolis para voltarem para casa na noite desta terça-feira. O número de veículos não foi suficiente para atender a demanda e, em alguns pontos, motoristas “clandestinos” chegavam a oferecer corridas por doze reais. O preço tabelado pela administração varia entre R$ 5 e R$ 7.

Negociações emperram

A tentativa de negociação entre Ministério Publico do Trabalho (MPT), prefeitura de Florianópolis, representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sintraturb) e das empresas concessionárias do transporte (Setuf) terminou sem acordo nesta terça-feira, e, por isso, a greve de motoristas e cobradores continua. 

A paralisação completa dois dias e afeta cerca de 450 mil usuários. Empresários e trabalhadores não entraram em um acordo sobre o reajuste salarial e a redução de jornada de trabalho. A categoria também considerou “inconstitucional” a determinação da Justiça em manter a frota mínima e informou que todos os trabalhadores deverão permanecer de braços cruzados. De acordo com o procurador do Trabalho, Alexandre Freitas, o Sintraturb e o Setuf serão multados em R$ 100 mil.

Na segunda-feira, o sindicato dos trabalhadores chegou a propor uma “greve ao contrário” e se propôs a voltar ao trabalho desde que as catracas fossem liberadas até o final do impasse. O presidente do sindicato das empresas, Waldir Gomes, qualificou a proposta como “estapafúrdia” e pediu para que os funcionários voltem ao trabalho. “É a mesma coisa da pessoa encher o carrinho de supermercado e sair sem pagar”, afirmou.

Os motoristas e cobradores pedem a redução de jornada de 6 horas e 20 minutos para 6 horas, além de reajuste de 7,16% e aumento no ticket-alimentação para R$ 460. 

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Fonte: Especial para Terra
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