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São Paulo tem novos protestos na zona sul e leste

Segundo estimativa dos manifestantes, protestos reuniu cerca de quatro mil pessoas

21 jun 2013 - 10h50
(atualizado às 11h29)
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<p>O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, entidade ligada à Força Sindical, realizou um protesto para pedir melhorias no transporte público nesta sexta-feira, na região central de São Paulo</p>
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, entidade ligada à Força Sindical, realizou um protesto para pedir melhorias no transporte público nesta sexta-feira, na região central de São Paulo
Foto: Gabriela Biló / Futura Press

Dois protestos reuniram milhares de pessoas nas ruas de São Paulo na manhã desta sexta-feira, um dia depois do sétimo ato organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), que parou a avenida Paulista, em celebração à redução da passagem do transporte público na capital paulista. 

Na Mooca, região central de São Paulo, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, entidade ligada à Força Sindical, realizou um protesto para pedir melhorias no transporte público e cobrar do governo federal medidas que beneficiem os trabalhadores.

“O trabalhador hoje gasta três horas no transporte para ir e voltar de seu trabalho. É muito tempo e as condições são muito ruins. Os trens e o Metrô são lotados, e o número de ônibus diminuiu, enquanto o de passageiros aumentou”, afirmou o presidente do sindicato, Miguel Torres.

Segundo Miguel, a manifestação reuniu cerca de quatro mil pessoas. A Polícia Militar não divulgou a estimativa do número de manifestantes até o momento da publicação desta matéria. 

Em passeata, o grupo saiu da avenida Arno, por volta das 6h, e caminhou pela avenida do Estado, até retornar para a avenida de origem. A manifestação acabou por volta das 10h15.

“Apoiamos os protestos que têm acontecido em São Paulo, sem desordem. Hoje fizemos uma manifestação pra pedir melhoria no transporte público, mas também para trazer outras pautas dos trabalhadores”, disse Torres. “O governo esqueceu dos trabalhadores. O governo não conversa mais com os trabalhadores. São várias as insatisfações. É como um copo que se enche. Os R$ 0,20 o fizeram transbordar.”

O sindicato prometeu novos atos para as próximas semanas, mas ainda não há uma data definida. Segundo Torres, os sindicalistas se reunirão na segunda-feira para definir novos atos.

Na região do  M'Boi Mirim, no extremo sul de São Paulo, outro protesto reuniu, segundo a Polícia Militar, 100 pessoas, por volta das 8h. De acordo com a PM, os manifestantes não fecharam nenhuma via no local.

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. No dia 19 de junho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciaram a redução dos preços das passagens de ônibus, metrô e trens metropolitanos para R$ 3. O preço da integração também retornou para o valor de R$ 4,65 depois de ter sido reajustado para R$ 5.

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Fonte: Terra
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