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RS: confronto e vandalismo em protesto deixam 103 detidos na capital

25 jun 2013 - 07h45
(atualizado às 15h28)
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<p>Segundo a Brigada Militar, 103 pessoas foram presas durante protesto em Porto Alegre</p>
Segundo a Brigada Militar, 103 pessoas foram presas durante protesto em Porto Alegre
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra

Pelo menos 103 pessoas foram detidas durante o protesto em Porto Alegre na noite de segunda-feira, segundo balanço da Brigada Militar. Delas, 65 foram presas por algum crime - as outras eram adolescentes ou não responderão a um processo criminal. A manifestação, que reuniu cerca de 10 mil pessoas, terminou com atos de vandalismo e saques a lojas no centro da capital gaúcha. 

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Nesta segunda, a atuação dos policiais teve início após o saque de uma loja de calçados, quando os manifestantes começaram a brigar entre eles. O confronto com PMs continuou na região da rua Duque de Caxias, a poucas quadras do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. 

As cenas de confronto se estenderam para o bairro Cidade Baixa. Coletoras de lixo foram queimadas e usadas como barricadas no meio da rua José do Patrocínio. Estabelecimentos comerciais foram depredados. Uma agência do Itaú teve suas vidraças quebradas. Computadores e gavetas de funcionários foram revirados.

Em meio a lixo e vidros quebrados, funcionários instalavam uma porta de ferro na loja de calçados saqueada no fim da noite, no centro da capital gaúcha. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

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A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

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A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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