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RS: após incêndio, mais 23 lojas do Mercado Público serão reabertas

20 ago 2013 - 23h25
(atualizado às 23h25)
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<p>Comerciantes trabalham antes da reabertura parcial do Mercado Público de Porto Alegre (RS)</p>
Comerciantes trabalham antes da reabertura parcial do Mercado Público de Porto Alegre (RS)
Foto: Ricardo Frabello / Futura Press

O processo de recuperação do Mercado Público de Porto Alegre (RS) avança na segunda etapa com a abertura gradativa de mais 23 estabelecimentos do andar térreo, depois de um incêndio que atingiu o prédio no dia 6 de julho. O anúncio foi feito pelo prefeito José Fortunati (PDT) na tarde desta terça-feira após reunião com os permissionários, o vice-prefeito Sebastião Melo, secretários e técnicos, no Paço Municipal. O prédio histórico foi reaberto no último dia 13, 38 dias após o incêndio, com o reinício das atividades de 73 das 110 bancas.

Vídeos registram incêndio no Mercado Público de Porto Alegre; veja

Conforme laudo emitido pela Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), dos 29 estabelecimentos do andar térreo que permanecem fechados, 23 têm condições de reabertura gradativa, de acordo com o cumprimento dos critérios de segurança e infraestrutura. Os oito restaurantes do andar superior e seis lojas do quadrante voltado para a Júlio de Castilhos, com as estruturas afetadas pelo incêndio, permanecem fechados.

O prefeito enfatizou o trabalho conjunto entre a prefeitura e os permissionários para viabilizar a retomada das atividades, observando a cautela necessária nas medidas a serem adotadas. “Estamos dando mais um passo importante para devolver o Mercado Público à população. Queremos avançar o mais rápido possível, mas é fundamental que os estabelecimentos reabram em total segurança para os trabalhadores e frequentadores”, afirmou Fortunati, informando que as primeiras lojas nesta nova etapa poderão voltar ao funcionamento nos próximos dias. 

O presidente da Associação dos Permissionários, Ivan Konig, agradeceu a mobilização conjunta para possibilitar que os comerciantes voltem às atividades. “Agradeço o empenho de todos que estão trabalhando desde o incêndio. Estamos aqui para ajudar”, disse o permissionário.

Restauração

Confirmado pela presidente Dilma Rousseff na manhã desta terça-feira no PAC Cidades Históricas, o projeto de recuperação do Mercado Público receberá R$ 19,5 milhões. Para viabilizar o investimento de forma célere e com estrutura definitiva, sem recorrer à cobertura provisória, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) realizou estudos, juntamente com a Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural (Epahc), e emitiu parecer favorável à contratação das empresas que realizaram a restauração do prédio público na década de 90.

“Com a segurança jurídica necessária, avançaremos de forma célere na restauração recorrendo à experiência das empresas que têm a memória da obra anterior. Dessa forma, teremos condições de devolver o Mercado Público nas condições anteriores em cerca de oito meses”, disse Fortunati. A inexigibilidade de licitação no projeto cumpre os critérios legais quanto a serviço técnico especializado, objeto singular e responsável de notória especialização. “É a melhor opção sob o aspecto das finanças públicas. Teremos a obra da cobertura de forma definitiva, desonerando a despesa com estrutura provisória”, afirmou o prefeito. Serão contratadas empresas para a instalação da cobertura metálica e restauro arquitetônico. 

Mercado Público
Um dos principais cartões postais de Porto Alegre, o Mercado Público já registrou outros três incêndios em seus 140 anos de história: em 1912, 1972 e 1979, este último no ano em que foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do Município. Na década de 1990 o prédio passou por uma restauração em toda a estrutura, que durou sete anos.

Um dia após o Mercado Público de Porto Alegre (RS) sofrer um incêndio de grandes proporções, o prédio histórico no Centro da capital gaúcha foi aberto no domingo para a entrada de policiais e de peritos. Por volta do meio-dia, a Brigada Militar permitiu o acesso de equipes de reportagem à parte interna do Mercado.

Ao entrar no prédio histórico, a primeira impressão era de que o estrago era muito menor do que se previa pelas imagens do fogo veiculadas na noite de sábado. "Quando via as imagens ontem, parecia terra arrasada", disse o secretário da Produção, Indústria e Comércio (Smic) de Porto Alegre Humberto Goulart, ao entrar no Mercado Público.

Fonte: Terra
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