PUBLICIDADE

RS: 56 internados em instituto deveriam estar em liberdade, diz CNJ

5 jun 2013 - 23h54
(atualizado às 23h57)
Compartilhar
Exibir comentários

Uma vistoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre (RS), constatou que 56 pessoas internadas na instituição já poderiam estar em liberdade. Elas já tiveram alta, mas perderam os vínculos familiares e não tem para onde ir. "As pessoas acabam cumprindo uma prisão perpétua, muitas vezes por crime de menor gravidade", diz o juiz do CNJ Paulo Irion. O IPF abriga 438 pessoas que cometeram crimes mas que não foram levadas para penitenciárias porque têm problemas mentais ou nível elevado de dependência química. As informações são do RBS Notícias, da RBS TV.

A internação desse grupo foi um dos problemas encontrados pelo CNJ no IPF, que está em situação precária. Na ala de desintoxicação, recentemente incendiada, os pacientes vivem em meio à sujeira. Alguns dormem no chão. Quem espera por uma avaliação psiquiátrica não tem privacidade para ir ao banheiro. “Não há nenhuma parede ou porta, tem que fazer isso na frente dos outros. Se conclui que aqui dificilmente se consegue recuperar alguém”, disse o juiz. “A gente não pode mais ficar colocando as pessoas que têm medidas de segurança dentro de cárceres. A gente teria que colocá-los dentro de um hospital geral, dentro de uma clínica ou mesmo na rede, de uma forma ambulatorial, recebendo tratamento adequado para a doença”, afirmou a diretora-geral do instituto, Magda Rosane da Silveira. A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) informou que está em tratativas para que a Secretaria Estadual da Saúde participe do atendimento.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade