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RJ terá mais temporais nos próximos dias, diz meteorologista

3 jan 2013 - 10h24
(atualizado às 13h36)
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As pancadas de chuva que atingem a região serrana do Rio de Janeiro devem continuar pelos próximos dias segundo a previsão do tempo.  Os temporais são resultado do encontro de uma frente fria com uma massa de ar quente que estava estacionada no Estado. Segundo a meteorologista da Climatempo Fabiana Weykamp, esse tipo de instabilidade é bem frequente nesta época do ano.

A chuva provocou estragos em várias cidades da Baixada Fluminense
A chuva provocou estragos em várias cidades da Baixada Fluminense
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Relembre a maior tragédia climática já vivida no Brasil

“Estava muito quente no Rio, registrando inclusive uma temperatura recorde em dezembro. Agora, chegou essa frente fria, que já tinha passado pelo Rio Grande do Sul. Esse choque térmico de ar muito quente com a frente fria favoreceu a formação das tempestades”, falou.

Segundo Fabiana, a previsão para as próximas horas é de muita chuva na região do litoral fluminense, condição que deve continuar pelos próximos dias.  “Ao longo do dia de hoje pode até acontecer períodos de melhoria, mas até a noite a chuva vai e volta, podendo ser bem forte em algumas cidades. Amanhã a frente fria continua no litoral, mas não devemos ter temporais com raios como temos hoje, mas pode chover forte. Sábado e domingo as chuvas diminuem”, disse a meteorologista.

 
De acordo com Fabiana, o fato de o volume de água diminuir não quer dizer que as cidades corram menos perigo, já que o solo já está muito encharcado e qualquer chuva pode provocar deslizamentos.
 
Região castigada
A região serrana do Rio de Janeiro é conhecida por tragédias que marcaram o Brasil, como as provocadas pelos temporais de 2011, quando 918 pessoas morreram nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto.  De acordo com Fabiana Weykamp, outras regiões do Brasil também recebem volumes elevados chuva, mas o que prejudica a região serrana são os morros. 
 
“Essa quantidade de chuva que caiu em Xerém na madrugada poderia cair em uma cidade no Norte do Brasil que não provocaria tantos estragos. Um dos motivos é a ocupação, já que existem muitas casas no sudeste e as chuvas atingem mais pessoas. O outro motivo é o relevo da região serrana, que é repleta de morros, que podem provocar deslizamentos a qualquer momento”, disse.
 
Cabeça d’água

Segundo as primeiras informações, uma cabeça d’água foi responsável pela destruição de muitas casas no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com a especialista, esse é o termo correto a ser utilizado quando “chove muito em um determinado local, principalmente em topo de morros”. Com esse volume acumulado, segundo Fernanda, os rios acabam despejando, repentinamente, uma quantidade de água fora do comum, parecida com uma cachoeira.

 
Com o imenso volume de água, córregos e rios acabam transbordado e provocando um “efeito cascata” na localidade atingida. Segundo especialistas, uma chuva pode ser considerada forte quando deságua 25 mm por hora. Em Xerém, de acordo com a meteorologista da Climatempo, choveu acima dessa quantidade e, o mais grave, a chuva não cessou, o que provocou os alagamentos.
 
Verão chuvoso
A previsão para os próximos meses é de muita chuva no Sudeste do Brasil e, segundo a Climatempo, o mês de janeiro deve ser o mais chuvoso do verão. “Nesse mês de janeiro as chuvas serão bem frequentes e deveremos observar diversos temporais. Em fevereiro e março as chuvas diminuem, mas sempre há a possibilidade de chuvas fortes”, analisou Fabiana. Ainda de acordo coma meteorologista, os meses de julho, agosto e setembro serão marcados pelas altas temperaturas em todo o Brasil.
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Terra
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