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Cidades

RJ: PM testa policiamento "humanitário" a partir desta terça

Com celular em uma mão e cartão de visita na outra, 120 agentes tentarão mudar a impressão que a população tem da PM

24 fev 2015 - 08h01
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<p>Para instalar a UPP Vila Kennedy, a PM ocupou as comunidades da região com 300 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque e do Batalhão de Ações com Cães (BAC)</p>
Para instalar a UPP Vila Kennedy, a PM ocupou as comunidades da região com 300 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque e do Batalhão de Ações com Cães (BAC)
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Em meio a um quadro de sensação de violência crescente na capital e na região metropolitana do Rio de Janeiro, a Polícia Militar do Estado tentará implantar, a partir desta terça-feira (24), um novo sistema de atendimento. A inauguração da primeira Companhia Integrada de Polícia de Proximidade (CIPP) promete ampliar o patrulhamento nos bairros do Grajaú, Andaraí e Vila Isabel. Com celular em uma mão e cartão de visita na outra, 120 agentes tentarão mudar a impressão que a população tem da PM.

Todos os policiais passaram por um curso, em que aprenderam sobre direitos humanos e mediação de conflitos. Eles usarão coletes pretos com faixas amarelas para serem melhor identificados. O foco principal do novo sistema é o policiamento da região com agentes circulando a pé durante o dia e usando motos e carros no período da noite.

O comandante da unidade que vai ficar na praça Verdun, no Grajaú, capitão Gustavo Matheus, quer que seus homens se tornem “referência para quem circula por ali e sejam conhecidos pelo nome”.

O projeto será acompanhado pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, avaliará os índices de criminalidade da região e o estado psicológico dos policiais. A intenção do governo do Estado é levar uma segunda unidade para Niterói no fim de março, uma terceira para a Tijuca até junho e expandir os serviços em direção ao interior do Estado.

Rapaz caído em via supostamente baleado, movimenta setor policial:

O modelo é baseado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) - já implantada em 38 comunidades da capital e região metropolitana. Porém, tenta ser uma alternativa a uma política que vem dando maus resultados nos últimos meses. 

O objetivo a longo prazo é tentar diminuir os batalhões dos bairros que concentram muitos policiais e, em alguns casos, grandes estacionamentos e espaços de área administrativa, e transformá-los em residências para policiais. Para o comandante geral da PM, coronel Pinheiro Neto, a intenção é dar mais transparência à atividade dos policiais e “prestar um melhor serviço para a população com os recursos que temos”.

A inauguração da primeira CIPP do Rio de Janeiro será às 10h desta terça-feira e deve contar com a presença do governador Luiz Fernando Pezão e do secretário de segurança, José Mariano Beltrame, que prometeu que daria ainda nesta semana uma resposta ao aumento da criminalidade na capital. O coronel Pinheiro Neto deve fazer anúncios importantes nesse sentido. 

Fonte: Terra
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