PUBLICIDADE

RJ: PM reforça policiamento na Candelária para protesto

Mais de 60 mil pessoas confirmaram a participação por meio do Facebook

17 jun 2013 - 16h07
(atualizado às 16h14)
Compartilhar
Exibir comentários

A Polícia Militar do Rio de Janeiro vai destinar 150 agentes do 5º BPM (Praça da Harmonia) para o protesto, marcado para as 17h desta segunda-feira, contra o aumento das tarifas de ônibus. A concentração na cidade está marcada para as 17h, no Centro, próximo à Candelária. A CET-Rio  reforçará as ações para orientar o trânsito na região e apontar os desvios. Segundo o órgão, quatro painéis de mensagens variáveis serão usados.

<p>Motoristas ficaram presos no trânsito e muitos abandonaram os veículos</p>
Motoristas ficaram presos no trânsito e muitos abandonaram os veículos
Foto: Bruno Santos / Terra

Mais de 60 mil pessoas confirmaram a participação por meio do Facebook e os próprios internautas mapearam pontos de apoio, como sedes de consulados e embaixados, onde os policiais não poderão ingressar. Os organizadores do protesto também pedem que todas as pessoas se vistam de branco, mesmo as que não participarão da manifestação.

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

&amp;amp;amp;amp;amp;lt;a data-cke-saved-href=&amp;amp;amp;amp;quot;http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm&amp;amp;amp;amp;quot; href=&amp;amp;amp;amp;quot;http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tarifas-de-onibus/iframe.htm&amp;amp;amp;amp;quot;&amp;amp;amp;amp;amp;gt;veja o infogr&amp;amp;amp;amp;aacute;fico&amp;amp;amp;amp;amp;lt;/a&amp;amp;amp;amp;amp;gt;

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

No dia seguinte ao protesto marcado pela violência, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que via "ações coordenadas" oportunistas no movimento, reiterou "a defesa do direito de ir e vir" da população, mas garantiu que não permitirá que os manifestantes prejudiquem a circulação de veículos e pessoas. No mesmo dia, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a polícia deve ser investigada por abusos cometidos, mas não deixou de criticar a ação dos ativistas.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota. 

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade