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RJ: greve tem mais de 70 ônibus depredados e 11 presos

13 mai 2014 - 13h22
(atualizado às 13h23)
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Foto: Rio Ônibus / Divulgação

Ao menos 74 ônibus foram depredados na manhã desta terça-feira, segundo balanço divulgado pela Rio Ônibus. Esta é a segunda vez em menos de uma semana que os rodoviários do Rio de Janeiro cruzaram os braços. Eles prometem manter a paralisação, que começou nesta madrugada, até o final da quarta-feira, totalizando 48 horas. Na semana passada, segundo as concessionárias, 531 veículos foram danificados nas manifestações. Além disso, 11 pessoas foram presas pela polícia militar e encaminhadas para delegacias da cidade até o final da manhã. Elas são acusadas de impedir a circulação dos coletivos. O policiamento nos arredores das garagens de ônibus foi reforçado.

A prefeitura estima que apenas 16% da frota total esteja circulando. Nas ruas do centro da cidade poucos ônibus passam e grupos de rodoviários se reúnem perto das saídas de ônibus rechaçando aqueles que não aderiram à greve.

Os rodoviários, que discordam da representação do sindicato, decidiram entrar em greve depois de se reunirem sem sucesso com representantes do sindicato da categoria, Rio Ônibus e representando das empresas com a mediação do Ministério Público do Trabalho. Eles não aceitam o acordo fechado entre o sindicato e a prefeitura, que definiu aumento de 10% e R$ 140 de cesta básica. A reivindicação é pelo reajuste de 40%, auxílio alimentação de R$ 400 e o fim da dupla função de motorista, em muitas linhas eles exercem também a função de cobrador.

Gerson Batista, diretor de comunicação do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sintraturb) que acompanhou a reunião, chamou de irresponsável o anúncio de uma nova greve e disse que o sindicato espera que a adesão seja pequena. “Essa greve é ilegal, o próprio Ministério Público disse que negociação foi correta. Se eles realmente pararem muitos trabalhadores poderão ser demitidos. Um aumento de 40% na realidade atual é impossível”, afirmou.

A Prefeitura do Rio informou em nota que, frente à greve, irá reforçar o fluxo de metrô, trens e barcas e as linhas de ônibus que fazem integração física com esses modais, além de linhas essenciais para deslocamento da população. A Prefeitura também solicitou reforço da Polícia Militar a fim de garantir a segurança na saída das garagens dos quatro consórcios de ônibus da cidade, nas estações do BRT Transoeste e nos terminais de ônibus.

Segundo a Rio ônibus, mais de 500 ônibus foram danificados pelos grevistas durante a paralisação na semana passada.

Fonte: Especial para Terra
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