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RJ: após festa em Copacabana, populares ficam sem transporte

1 jan 2012 - 14h12
(atualizado às 14h15)
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Aqueles que decidiram aproveitar a virada do ano em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, até mais tarde do que o normal para evitar problemas no trânsito não conseguiram escapar do stress. No início da manhã deste domingo, as ruas do bairro ainda estavam tomadas de pessoas que tentavam se locomover em direção à zona norte. Apesar do trânsito tranquilo, a sensível diminuição da frota fez com que a tarefa de conseguir lugar em um ônibus se tornasse praticamente impossível. Completamente lotados, os poucos que passavam não paravam nos pontos.

O mesmo acontecia com os táxis. As pessoas que conseguiam embarcar em algum ainda precisavam encarar mais um desafio: os altos preços cobrados por muitos dos taxistas, que aproveitavam a situação para lucrar. Para a maioria, porém, a solução foi pegar coletivos em direção a outros locais - como Leblon e Ipanema - e tentar seguir até os seus destinos.

"Eu trabalho hoje. Achei que seria melhor ficar por aqui e ir direto para o emprego do que tentar voltar para a casa. Mas a desorganização é enorme. Estou há quase duas horas e não consigo pegar um ônibus. Não sei o que fazer", reclamou a doméstica Maria da Conceição. Embora não precisasse se apresentar ao emprego, o analista de sistemas Luiz Alberto Rodrigues fez coro. "Não dá, está impossível sair de Copacabana. Os fogos foram lindos, mas não sei se voltarei no ano que vem", disse ele.

Condeno, mas entendo

Um taxista, que preferiu não se identificar, afirmou que não concorda com os colegas que cobram tarifas elevadas, mas disse que os entende. Segundo ele, os problemas na noite de Réveillon são tantos que, se as irregularidades não fossem praticadas, a maioria dos motoristas sequer sairia de casa.

"Eu condeno a atitude, mas sei como é difícil rodar nesse período. Às vezes, você demora quase uma hora só para conseguir sair de Copacabana. É muita gente na rua, muitos ônibus rodando, uma grande bagunça. Esse ano melhorou bastante, mas ainda assim é complicado", explicou. A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Transportes e com a Fetranspor, mas não obteve retorno.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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