PUBLICIDADE

Cidades

RJ: após agressões, jornalistas se encontram com ativistas

Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro promoveu evento um dia após profissionais de imprensa serem agredidos por manifestantes na saída de três ativistas do complexo de Gericinó, em Bangu

25 jul 2014 - 12h39
(atualizado às 15h40)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>A ativista Elisa Quadros, a Sininho, durante o debate </p>
A ativista Elisa Quadros, a Sininho, durante o debate
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Um dia após jornalistas serem cercados e agredidos por manifestantes, no momento em que todos acompanhavam a saída dos ativistas Elisa Quadros, a Sininho, Camila Jourdan e Igor D'Icarahy do complexo de Gericinó, em Bangu, o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro promoveu na manhã desta sexta-feira um encontro com manifestantes e entidades de defesa dos direitos humanos. A pauta: a defesa ampla da liberdade de direito e expressão.

"Não há nenhuma coerência e contradição no sindicato se manter firme como um dos instrumentos de luta da sociedade por democracia e liberdade de direito. Não podemos usar a violência contra jornalistas como pretexto para abrir mão do nosso papel na sociedade de defender a constituição, a democracia e os direitos humanos", defendeu a presidente do sindicado, Paula Máiran.

O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro promoveu na manhã desta sexta-feira um encontro sobre liberdade de expressão, que contou com a ativista Elisa Quadros, a Sininho, e entidades dos direitos humanos. Nesta quinta-feira, quando Sininho e os ativistas Camila Jourdan e Igor D'Icarahy deixaram o complexo de Gericinó, em Bangu, jornalistas foram agredidos
O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro promoveu na manhã desta sexta-feira um encontro sobre liberdade de expressão, que contou com a ativista Elisa Quadros, a Sininho, e entidades dos direitos humanos. Nesta quinta-feira, quando Sininho e os ativistas Camila Jourdan e Igor D'Icarahy deixaram o complexo de Gericinó, em Bangu, jornalistas foram agredidos
Foto: Mauro Pimentel / Terra

"A gente não pode, por causa dos episódios de ontem, entrar na revanche ou na lógica do olho por olho, dente por dente. Isso de forma alguma combina com o papel de jornalista", completou ela, que afirmou ainda que o encontro já estava agendado antes mesmo do episódio de ontem, em que o cinegrafista do SBT Tiago Ramos foi derrubado e ficou ferido por manifestantes, enquanto o fotógrafo do diário O Dia André Mello foi derrubado e teve o equipamento danificado.

Participam do encontro, além da própria Sininho, que dias após a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade chamou os profissionais da imprensa de "carniceiros" em frente à delegacia que investigava o caso, grupos como o Tortura Nunca Mais e Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST), dentre outros, também estiveram presentes.

"O maior agressor é o Estado, mas seja quem for temos que dar exemplo de como respeitar", afirmou ainda Máiran. De acordo com o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, 90 jornalistas foram agredidos desde maio do ano passado. Em algumas oportunidades, alguns profissionais de imprensa sofreram agressões em mais de uma oportunidade. Em 80% dos casos, a causa foi o uso excessivo da força policial.

"Temos sempre que fazer o registro policial", concluiu a presidente do sindicado, que afirmou ainda que contratou um advogado criminalista para auxiliar os profissionais de imprensa em casos de agressão como os registrados ultimamente. Na final da Copa do Mundo, por exemplo, o fotógrafo do Terra Mauro Pimentel foi agredido por um policial militar, no entorno do Maracanã e, além de escoriações pelo corpo, teve parte do equipamento danificado. 

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade