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Rio: rua onde prédios foram interditados será liberada na 6ª

10 dez 2009 - 14h59
(atualizado às 16h16)
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A Defesa Civil do Rio de Janeiro informou, nesta quinta-feira, que a rua dos Inválidos, interditada por problemas na estrutura de alguns prédios, será liberada na manhã de sexta -feira. "Estamos fazendo medições de 30 em 30 minutos para saber se os prédios ainda estão se mexendo. O edifício de número 22 já foi escorado e não corre risco. Não existe motivo nenhum para a obra parar. Estamos apenas monitorando outros edifícios para detectar possíveis riscos", disse Sérgio Simões, coordenador geral da Defesa Civil.

O prédio com rachaduras na estrutura ameaça desabar
O prédio com rachaduras na estrutura ameaça desabar
Foto: Alessandro Costa / O Dia

A Defesa Civil afirmou, ainda, que mantém contato com os engenheiros da obra - a empresa W Torres é a responsável. O coordenador do órgão afirmou que já pediu que a W Torres para aumentar o raio de atuação, já que prédios mais afastados da construção não haviam sido monitorados.

Riscos de desabamentos e rachaduras em dois prédios residenciais e em uma igreja católica levaram a Defesa Civil Municipal a interditar um quarteirão na rua dos Inválidos, no centro, na manhã desta quinta-feira. Cerca de 100 moradores foram obrigados a deixar seus apartamentos.

Funcionários de aproximadamente 15 prédios comerciais foram impedidos de chegarem ao trabalho. Moradores disseram que as rachaduras teriam sido causadas por uma obra para construção de um prédio comercial de grande porte, que será erguido na esquina das Ruas do Senado e Inválidos.

Barulho assustou os moradores

Um barulho, supostamente na parte estrutural de um dos prédios, por volta das 3h30 desta quinta-feira, fez com que o jornalista Newmar Vieira, 48 anos, solitasse a presença do Corpo dos Bombeiros, que decidiu pela retirada dos moradores.

"Escutei o barulho e fiquei muito preocupado. Estamos vendo as rachaduras aumentarem a cada dia e ninguém faz nada. É evidente que a obra realizada na área ao lado está causando esses transtornos", disse o jornalista.

Moradora há 30 anos de um dos prédios interditados, a aposentada Cleia Maria da Silva, de 56 anos, disse que sofre há cerca de um ano com o aumento das rachaduras e trepidações no edifício.

"Estamos preocupados.As rachaduras aumentam a cada dia. Agora chegou a um ponto insuportável. Estamos inseguros. Não sabemos para onde ir", afirmou a aposentada, que mora com outras duas irmãs.

Uma idosa de 80 anos foi esquecida dentro do apartamento de um do prédios e foi resgatada pelos bombeiros. No início da manhã, a Defesa Civil liberou a entrada de um morador por vez em cada prédio para retirada de roupas e objetos pessoais.

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