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Rio: protesto lembra 1 semana de acidente com bonde que matou 5

3 set 2011 - 17h49
(atualizado às 17h56)
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Os moradores de Santa Teresa realizam na tarde deste sábado uma caminhada para lembrar o acidente com um bonde que matou cinco pessoas e deixou outras 57 feridas. O acidente completa uma semana neste sábado.

Perito fotografa bonde virado no bairro de Santa Teresa
Perito fotografa bonde virado no bairro de Santa Teresa
Foto: Murilo Rezende / Futura Press

A caminhada foi do Largo do Curvelo até o local onde o bonde tombou. Os moradores usaram cartazes com os nomes das vítimas e contra as condições do transporte.

Indenização

O Ministério Público Estadual realizou uma reunião nesta sexta-feira para esclarecer o acidente com o bonde 10 de Santa Teresa, que no sábado passado tombou, matou 5 pessoas e feriu 57, e tentar agilizar indenização a vítimas sem que elas precisem recorrer à Justiça. Convidado, o secretário de Transporte, Júlio Lopes, não foi à reunião. A A proposta depende da conclusão de perícias que devem apontar causas e responsabilidades pelo acidente. A assessoria de Lopes afirmou que ele tinha outro encontro agendado com o procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes, mas não informou a data.

O delegado da Polícia Federal Orlando Moreira Nunes, 43 anos, cuja filha, Maria Eduarda, 12 anos, morreu no acidente, relatou à TV Globo que o motorneiro Nelson Correa, ao perceber que o bonde estava desgovernado, gritou "tá sem freio, tá sem freio!" e, em vez de saltar do veículo, tentou até o fim salvar os passageiros.

"Quando me vi estava debaixo das ferragens, muitas pessoas em cima de mim, gente morta e mutilada", lembrou Orlando, crítico à gestão dos bondes. "Foi uma tragédia construída por longa sequência de omissões de agentes públicos (...) Minha esposa teve fraturas graves, passou por três cirurgias e está arrasada com a morte da filha. Agora vamos ter que trabalhar a vida do meu filho sem a irmã".

Segundo a polícia, o bonde tinha dois motorneiros ao colidir com um ônibus, pouco antes de descarrilar e tombar. Nelson fez o registro na delegacia e o 2º condutor levou o veículo à oficina, onde o bonde foi liberado pouco depois. Nelson assumiu a direção momentos antes do acidente.

Investigações

O Ministério Público, por intermédio da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, instaurou Inquérito Civil para apurar as circunstâncias do acidente. O procedimento apura as reais condições de operação, manutenção, conservação e uso do bonde acidentado. A portaria foi assinada pelos Promotores de Justiça Carlos Andresano Moreira e Pedro Rubim Borges Fortes.

Fonte: O Dia
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