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Rio: mau tempo prejudica trabalho de buscas em escombros

27 jan 2012 - 10h55
(atualizado às 11h07)
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Giuliander Carpes
Direto do Rio de Janeiro

O tempo nublado e as pancadas de chuva que caem sobre o Rio de Janeiro desde a noite de quinta-feira atrapalham os trabalhos das equipes de resgate que tentam encontrar os desaparecidos após os desabamentos de três prédios no centro da cidade.

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"A chuva é boa, por um lado, porque diminui a poeira. O problema é que há focos de incêndio nos escombros e, devido às nuvens muito baixas, a fumaça não se dissipa, e fica muito complicado para respirar", explica Gilberto Santos, soldado do Corpo de Bombeiros que está trabalhando na tarefa.

Sepultamentos

Até o momento, foram retirados dos escombros os corpos de sete vítimas dos desabamentos, dos quais quatro foram identificados - o porteiro Cornélio Ribeiro Lopes, 73 anos, sua mulher, Margarida Vieira de Carvalho, Celso Renato Braga Cabral, 44 anos, e Nilson de Assunção Ferreira.

Celso Renato Braga foi enterrado nesta manhã no Cemitério do Marauí, em Niterói (RJ). Já a cerimônia de sepultamento de Cornélio ocorrerá às 12h no Cemitério São João Batista. A pedido da família de sua mulher, o corpo de Margarida será levado ao interior do Ceará.

Os desabamentos

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, sete pessoas morreram no acidente e 20 permanecem desaparecidas. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

Veja a localização do desabamento:

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Fonte: Terra
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