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Rio: familiares reclamam de falta de informação sobre buscas

26 jan 2012 - 15h12
(atualizado às 17h21)
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Giuliander Carpes
Direto do Rio de Janeiro

Os familiares e amigos dos desaparecidos após o desabamento de três prédios na área central do Rio reclamam da falta de informação por parte das autoridades. Desde a manhã desta quinta-feira, quando foi divulgado que três corpos foram retirados dos escombros dos edifício que ruíram ontem, não foi repassada mais qualquer informação sobre o resgate, inclusive dos dois corpos já localizados e que permanecem no local.

Historiador fala do perfil dos prédios que desabaram no RJ:

Confira como fica o trânsito no local após os desabamentos

A lista oficial de desaparecidos, com 19 nomes, que teria sido eleborado com base em relatos de testemunhas e parentes, também não foi divulgada.

O jornalista Nelson Gomes, 53 anos, busca sem sucesso o amigo Luiz Paulo Cardoso, que prestava serviços em informática na hora do desabamento. O mesmo ocorre Afonso Costa Mattos, que procura a irmã Kelly, que trabalhava no primeiro prédio que caiu, de 20 andares, como auxiliar financeira.

O desabamento

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção anexa ao Theatro Municipal. Segundo a Defesa Civil do município, cinco pessoas morreram no acidente e outras 18 permanecem desaparecidas. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite do incidente na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

Veja a localização do desabamento:

Fonte: Terra
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