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Rio: empresa começa a retirar escombros em prédio vizinho

30 jan 2012 - 11h13
(atualizado às 11h21)
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Uma empresa de engenharia contratada pela prefeitura do Rio de Janeiro vai começar nesta segunda-feira a retirar os destroços que ficaram pendurados no edifício número 6 da avenida Almirante Barroso, vizinho aos prédios que desmoronaram na semana passada no centro da cidade.

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Segundo o subsecretário de Defesa Civil, Márcio Motta, não há previsão para o término do trabalho e, enquanto isso, tanto o número 6 (que fica na esquina com a Treze de Maio) quanto o prédio anexo do Theatro Municipal, também vizinho ao desabamento, continuarão interditados.

Apesar de grande parte dos escombros já ter sido removida do terreno, ainda há locais a serem vasculhados, como um prisma de ventilação nos fundos do prédio que desabou. Por isso, os bombeiros vão continuar a busca pelos cinco desaparecidos no restante dos destroços.

"A prefeitura contratou uma empresa especializada em fazer escoramentos e retirada dos escombros que ainda estão pendurados. Essa empresa também vai auxiliar o trabalho do Corpo de Bombeiros, para acessar locais que ainda não foram acessados, como o prisma de ventilação de aproximadamente 12 m, onde possivelmente há pessoas", disse Motta.

Os desabamentos

Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 17 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

Veja a localização do desabamento:

Fonte: Agência Câmara
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