O Mercado Público de Porto Alegre, que estava fechado desde o incêndio do dia 6 de julho, foi reaberto na manhã desta terça-feira, em uma cerimônia que foi marcada porprotestose pela detenção de um homem. A Brigada Militar (Polícia Militarlocal) autuou um visitante que havia entrado na área que ainda está interditada para obras, no segundo andar do mercado. O homem, que tinha o rosto coberto por um tecido, gritou ao ser detido, afirmando que só fazia fotos e vídeos do local. Ele escalou nas grades de ferro do forro do mercado, a dezenas de metros de altura.
Enquanto isso, integrantes do Bloco de Luta pelo Transporte Público protestava pedindo a elaboração do projeto de passe livre nos ônibus municipais. O grupo prometia a "caça ao Fortuna", em referência ao prefeito de Porto Alegre, José Fortunati. Grupos de servidores municipais também realizaram manifestações, mas silenciosas, com faixas e cartazes.
Em relação aos protestos, Fortunati disse que o local é público, "faz parte da história da nossa cidade, mas sempre tem um grupo que mostra que não tem educação... são os mesmo que tem depredado as lojas da Azenha e da Cidade Baixa, isso é lamentável".
O Mercado Público foi reaberto às 10h, com uma cerimônia que teve homenagens religiosas. Em seguida, o local já estava lotado de visitantes e clientes.
O proprietário do Empório Banca 38, Sergio Lourenço, disse que, no dia do incêndio, foi dormir pensando que se tratava de um sonho. "Acordei na manhã de domingo pensando que tinha sido um sonho, mas não era." Ele não cogitava a possibilidade de um incêndio poderia ocorrer no mercado, "tanto que eu nem tinha seguro", afirmou. "Tu não tem como recuperar um prejuízo desses, mas faz parte do jogo", disse ele, conformado.
O vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, afirmou que reuniões para definir um cronograma de reabertura das lojas que permaneceram fechadas nesse primeiro momento. Ele disse que isso deve ser revolvido em até 40 dias.
Um dosestabelecimentos mais tradicionais de Porto Alegre, o Mercado Público estava fechado desde o dia 6 de julho, quando foi atingido por um incêndio que destruiu parte de suas lojas e bancas. O fogo não deixou ninguém ferido, mas danificou parte da estrutura do Mercado Público, que continuará sob obras nos próximos 10 meses.
12 de agosto - Comerciantes trabalham antes da reabertura parcial do Mercado Público de Porto Alegre (RS)
Foto: Samuel Maciel / Futura Press
12 de agosto - Comerciantes trabalham antes da reabertura parcial do Mercado Público de Porto Alegre (RS)
Foto: Samuel Maciel / Futura Press
12 de agosto - Vista do Mercado Público de Porto Alegre (RS) um dia antes da reabertura parcial após incêndio
Foto: Samuel Maciel / Futura Press
12 de agosto - Como o incêndio atingiu principalmente o telhado do mercado, para abrir as portas nesta terça, tapumes e lonas foram colocadas no pavimento superior
Foto: Ricardo Frabello / Futura Press
12 de agosto - Dentro de 40 dias, todas as lojas do piso térreo devem ser abertas
Foto: Ricardo Frabello / Futura Press
13 de agosto - O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, abraça uma moradora na reabertura do Mercado Público
Foto: Raphael Seabra / Futura Press
13 de agosto - Visitantes e clientes lotam o Mercado Público após a reabertura
Foto: Matheus Piccini / Futura Press
13 de agosto - A Banda Municipal de Porto Alegre se apresenta durante a cerimônia de reabertura
Foto: Raphael Seabra / Futura Press
13 de agosto - O Mercado Público de Porto Alegre é reaberto após mais de um mês fechado devido a um incêndio. Parte do estabelecimento segue interditada, e o mercado seguirá em obras por mais 10 meses
Foto: Raphael Seabra / Futura Press
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Mercado Público
Um dos principais cartões postais de Porto Alegre, o Mercado Público já registrou outros três incêndios em seus 140 anos de história: em 1912, 1972 e 1979, este último no ano em que foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do Município. Na década de 1990 o prédio passou por uma restauração em toda a estrutura, que durou sete anos.
Um dia após o Mercado Público de Porto Alegre (RS) sofrer um incêndio de grandes proporções, o prédio histórico no Centro da capital gaúcha foi aberto no domingo para a entrada de policiais e de peritos. Por volta do meio-dia, a Brigada Militar permitiu o acesso de equipes de reportagem à parte interna do Mercado.
Ao entrar no prédio histórico, a primeira impressão era de que o estrago era muito menor do que se previa pelas imagens do fogo veiculadas na noite de sábado. "Quando via as imagens ontem, parecia terra arrasada", disse o secretário da Produção, Indústria e Comércio (Smic) de Porto Alegre Humberto Goulart, ao entrar no Mercado Público.
Incêndio atinge o Mercado Público de Porto Alegre. As chamas começaram pouco antes das 21h
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Pelo menos oito viaturas dos Bombeiros foram deslocadas para o local, mas enfrentavam dificuldades de controlar as chamas
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Segundo o prefeito da capital, José Fortunati, as chamas já haviam consumido metade do prédio até as 21h30
Foto: Maurício Tonetto / Terra
A área do mercado, na região central da cidade, foi interditada pelos Bombeiros
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Tombado pelo patrimônio histórico, o prédio possui estruturas de madeira, o que ajuda a propagar as chamas
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Os Bombeiros precisaram de reforços para tentar controlar as chamas
Foto: Maurício Tonetto / Terra
Policiais, bombeiros e civis observam o incêndio do Mercado Público na Rua Siqueira Campos, em Porto Alegre
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Chamas se propagavam pelo segundo andar no prédio histórico da capital gaúcha
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Chamas consomem parte superior do Mercado e dispersaram densas nuvens de fumaça na região central de Porto Alegre
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Bombeiros trabalham no incêndio
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Bombeiro combate as chamas no segundo andar do Mercado Público
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Multidão acompanhava consternada a ação para conter o fogo no prédio histórico da cidade
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Área da região central de Porto Alegre foi isolada, mas uma grande quantidade de pessoas acompanhava o trabalho dos bombeiros para conter o incêndio
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Informações iniciais davam conta que dois dos quatro quadrantes do Mercado foram atingidas
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Bombeiros trabalham para conter o fogo
Foto: Felipe Schroeder Franke / Terra
Detalhe de sala consumida pelo fogo no segundo andar do Mercado