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Quer transformar o mundo? Comece pelo seu quintal

3 jul 2014 - 13h00
(atualizado às 15h39)
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“Para transformar o mundo você começa pela sua rua, seu vizinho, sua praça, seu entorno. Não adianta pensarmos em problemas do outro lado, se não temos nossa questão local resolvida.” Pensando assim, de forma simples e objetiva, Cecília Lotufo, 39 anos, empresária, fundou o Movimento Boa Praça, em 2008. Voluntário e apartidário, o movimento começou graças a um pedido da filha Alice, hoje com 9 anos, que queria uma festa infantil em um espaço aberto.

Ela então propôs à filha que a festa fosse feita na Praça François Belanger, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, onde a beneficiada seria a própria comunidade, com a transformação do espaço – ideia aceita por Alice, de imediato.

“Fiz uma festa aberta para a comunidade, sugerindo que as pessoas doassem presentes para a praça e não para a Alice. A Prefeitura ajudou com novos brinquedos no parquinho e eu bati de porta em porta. Fui juntando pessoas a fim de ajudar: parentes, amigos e vizinhos. Cada um foi dando alguma coisa”, descreve Cecília.

A brincadeira pegou e, quinzenalmente, uma dezena de pessoas se reúne na pizzaria de Cecília para debater ações coletivas nas praças, como revitalizações e plantios. Até agora, quatro praças foram revitalizadas com pintura de muros, brinquedos e bancos novos, reforma de paredes e plantação de mudas de árvores.

A internet ajuda: no Facebook, pelo menos 3 mil pessoas colaboraram com comes e bebes, em mais de 50 piqueniques comunitários. Para participar da empreitada, deve-se seguir um lema: “Precisa querer sai de lá (dos encontros) melhor do que quando chegou”.

Atividades ao ar livre

“Temos outras ações acontecendo, como no Largo da Batata, São Paulo, onde estamos ocupando o espaço com cursos de permacultura e ativismo urbano, além de uma atividade na casinha da Praça Waldir de Azevedo, em Pinheiros, pois queremos transformá-la em um centro cultural para a comunidade”, diz Cecília.

Uma sociedade menos isolada e mais sustentável só consegue evoluir por meio do carinho, acredita a idealizadora do Movimento Boa Praça. “O afeto é fundamental para a interação dos vizinhos e destes com o espaço público.”

Fonte: Dialoog Comunicação
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