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Cidades

Protestos em SP causaram prejuízo de R$ 73 mil, diz Metrô

A companhia afirmou que, do total, R$ 68 mil são prejuízos causados por conta de vidros quebrados e R$ 5 mil com luminárias danificadas

7 jun 2013 - 15h17
(atualizado às 15h25)
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<p>De acordo com o Movimento Passe Livre, a PM reprimiu violentamente a manifestação, ferindo muitas pessoas</p>
De acordo com o Movimento Passe Livre, a PM reprimiu violentamente a manifestação, ferindo muitas pessoas
Foto: Gabriela Biló / Futura Press

O Metrô de São Paulo anunciou nesta sexta-feira que os estragos causados em estações durante a manifestação desta quinta-feira contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo - ônibus, trens e metrô – causaram prejuízos patrimoniais de R$ 73 mil. 

Em nota, a companhia afirmou que, do total, R$ 68 mil são prejuízos causados por conta de vidros quebrados e R$ 5 mil com luminárias danificadas. 

Segundo o Metrô, as estações Brigadeiro e Trianon-Masp, da Linha 2-Verde, tiveram os vidros de seus acessos quebrados e, junto com a estação Consolação, foram fechadas enquanto os manifestantes passavam pelo entorno, para evitar riscos aos usuários. 

A estação Vergueiro, da Linha 1-Azul, teve um de seus acessos fechado por conta “de depredação em seu interior, que resultou em um agente de segurança do Metrô ferido, sem gravidade”.  

A companhia afirmou que irá responsabilizar e acionar judicialmente os autores do que classificou como “atos de vandalismo” por danos ao patrimônio público, e classificou o episódio como “lamentável”. 

Na nota, o Metrô afirmou que “o reajuste da tarifa, de 6,7%, concedido conjuntamente com os ônibus municipais no último dia 2, foi inferior à inflação do período”. 

Polícia prende 15 após protestos

Ao todo 15 pessoas foram detidas por conta do protesto. A Polícia Militar (PM) informou que os detidos foram encaminhados para o 78º DP (Jardins). O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres, faz parte do grupo.

Desses suspeitos, nove foram ouvidos e liberados em seguida, incluindo o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino Prazeres . Os outros seis detidos passaram a noite na delegacia, segundo informações do Bom Dia SP.

Dos que continuaram detidos, segundo o delegado de plantão Severino Pereira, quatro foram liberados no início da manhã, após pagamento de fiança. Alguns tiveram que arcar com o pagamento de um salário mínimo (R$678), por terem causado pequenos danos ao patrimônio. Outros, que causaram danos maiores, pagaram fiança de R$ 3 mil.

Um dos detidos continua na delegacia, porque não tem dinheiro para a fiança e o último acusado permanecerá preso, pois foi flagrado ateando fogo em via pública e, segundo o delegado, não terá direito à fiança.

Pela estimativa policial, aproximadamente 2 mil pessoas participaram do protesto - a organização Passe Livre, que liderou a passeata, indicou que o evento reuniu cerca de 5 mil.

Manifestantes picham ônibus e arrancam grades em SP:

Nesta quinta-feira, os manifestantes fecharam a bifurcação entre as avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, na região do Terminal Bandeira, no centro de São Paulo, por volta das 19h, e interditaram as vias queimando caixotes e itens de sinalização de trânsito. Os manifestantes entraram no Terminal Bandeira e, de acordo com a PM, danificaram e picharam ônibus. A polícia então utilizou munições químicas, como gás lacrimogêneo, e balas de borracha.

Aumento da tarifa

As tarifas de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no domingo. A prefeitura informou que a proposta de reajuste, de 6,67%, foi enviada em 22 de maio à Câmara de Vereadores. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.

Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota. A previsão é que haja pagamento de R$ 1,25 bilhão em subsídios ao sistema de ônibus em 2013.

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) também alegou que o reajuste é menor que a inflação no período de janeiro de 2012 a maio de 2013, que foi de 7,2%. "Ao comprar uma passagem no Metrô, o passageiro tem acesso aos 74,3 quilômetros da malha metroviária e aos 260 quilômetros da rede ferroviária da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)", disse a empresa em nota.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou, junto com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que o preço abaixo da previsão é um esforço feito para colaborar com o governo federal, que enfrenta dificuldades para manter a inflação no teto da meta estabelecida (6,5%).

Ele também havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para as passagens de ônibus, trem e metrô. O decreto foi publicado na semana passada, mas não houve manifestação da administração municipal.

Fonte: Terra
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