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Trânsito

Protesto termina com vandalismo, 4 presos e cerco à casa de Cabral no RJ

21 jun 2013 - 15h45
(atualizado às 22h21)
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<p>Marcha de manifestantes na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, pede o combate à corrupção</p>
Marcha de manifestantes na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, pede o combate à corrupção
Foto: Jadson Marques / Futura Press

Depois do protesto dessa quinta-feira, que terminou com atos de vandalismo, cerca de 1 mil cariocas voltaram às ruas nesta sexta-feira para se manifestar. Houve protestos na Barra da Tijuca, na zona oeste, e em frente à casa do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, na zona sul. Quatro pessoas foram presas e sete adolescente apreendidos por ações de vandalismo e saques na zona oeste.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

Na Barra da Tijuca, os manifestantes eram contrários à impunidade; corrupção; à Proposta de Emenda à Constituição 37 (PEC 37), que limita o poder de investigação do Ministério Público (MP); e à PEC 33, que restringe a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). A passeata saiu do terminal rodoviário Alvorada e provocou interdições nas avenidas das Américas e Ayrton Senna. A marcha seguiu pacífica, com grande participação de universitários e estudantes secundaristas, munidos com cartazes e bandeiras do Brasil. Os policiais acompanham a movimentação de longe.

Grupos de vândalos, entretanto, aproveitaram o protesto para praticar saques e depredação na região. Uma revendedora de automóveis foi depredada, e policiais utilizaram helicópteros para perseguir o grupo. Entre os adolescentes, seis foram apreendidos por porte de arma branca (como faca, estilete, facão), e um por furto. Três adultos foram detidos por dirigir motos sem habilitação e um foi autuado por dano ao patrimônio público.

Protesto contra Cabral

Na zona sul, manifestantes fizeram um protesto pacífico em frente à casa do governador Sérgio Cabral, gritando palavras de ordem e levando cartazes contra a administração do Rio de Janeiro. Policiais militares fizeram um cordão de isolamento para cercar o prédio onde Cabral mora, na rua Aristides Spínola, quase esquina com general San Martin, mas não houve necessidade de nenhum tipo de intervenção porque os manifestantes não cometeram nenhum ato de violência.

Um pequeno grupo até tentou cometer algum tipo de vandalismo, mas foi imediatamente contido pelos próprios manifestantes que, na grande maioria, fizeram questão de manter o protesto pacífico. À tarde, Cabral disse em entrevista coletiva que atos de vandalismo não podiam ser tolerados, mas diante do ato pacífico em frente a sua residência, o governador preferiu não aparecer. Segundo sua assessoria, no momento da manifestação "ele não se encontrava em casa". Não foi dada também nenhuma informação se ele havia embarcado para sua residência em Paris.

Ainda na entrevista coletiva, ao ser questionado por um repórter sobre o que achava de ter-se tornado o principal alvo do protesto, Cabral em tom de irritação respondeu: "isso é uma interpretação sua". Em outro momento, Cabral afirmou: "os debates devem ser aprofundados".

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Com informações da Agência Brasil e do Jornal do Brasil.

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Fonte: Terra
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