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Protesto no Rio de Janeiro segue para Palácio Guanabara

12 ago 2013 - 20h34
(atualizado às 20h39)
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<p>Policiais da Tropa de Choque monitoravam caminhada em protesto no Rio</p>
Policiais da Tropa de Choque monitoravam caminhada em protesto no Rio
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press

Após passeata pelas ruas do centro do Rio, manifestantes seguem em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. A maior parte é ligada ao grupo Black Blocs e está vestida com roupas pretas e o rosto coberto. Mais cedo, o grupo protestou em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e ao Tribunal de Justiça Estadual. À noite, fecharam a rua do Catete.

Os manifestantes se uniram a um grupo que protestava em frente à Câmara Municipal contra a eleição do vereador Chiquinho Brazão (PMDB) para a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Ônibus. Eles reivindicam que o cargo seja ocupado pelo vereador Eliomar Coelho (Psol), que propôs a instalação da comissão. Pela tradição parlamentar, o cargo deveria ter sido ocupado pelo autor da proposta.

Os manifestantes ainda cobram providências sobre o caso do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, desaparecido desde o dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares para averiguação na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.

Um efetivo reforçado de policiais militares acompanha o protesto. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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