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Protesto em SP terá creche e wi-fi compartilhado

17 jun 2013 - 13h47
(atualizado às 13h51)
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Em antecipação ao novo protesto contra o aumento das passagens na cidade de São Paulo, manifestantes estão se organizando para facilitar a vida das pessoas que participarão do ato marcado para às 17h. Entre as ações anunciadas nas rede sociais está a possibilidade de mães deixarem seus filhos em creches e um pedido para que apoiadores do ato compartilhem o acesso a internet wi-fi.

Os movimentos feministas FemMaterna e LuluzinhaCamp estão convocando uma aglomeração antecipada para as mulheres que irão participar do ato. As entidades marcaram um encontro para as 16h - uma hora antes do início do ato marcado para o Largo da Batata -, em frente à loja Fnac da rua Pedroso de Moraes, e pedem que as ativistas se identifiquem com uma peça de roupa vermelha. Os grupos afirmam que vão disponibilizar uma ponto de apoio creche para as mães que não tiverem com quem deixar seus filhos durante o ato. 

Também foi criado um mapa colaborativo para que manifestantes ou pessoas que apoiem o ato ajudem a indicar informações sobre locais e acontecimentos importantes para o transcorrer da manifestação. O mapa, cuja atualização pode ser feita por qualquer usuário de internet, pendendo moderação, também abre a possibilidade para informações sobre atos em outras cidades do Estado e do País. 

Outra ação que ganha força nas redes sociais é um pedido para que moradores das áreas pelas quais passarão os manifestantes retirem a necessidade de senhas e deixem liberado o acesso a redes de internet wi-fi durante a realização do ato. 

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, o protesto foi marcado pela repressão e pelo abuso da ação policial. A passeata, que começou pacífica - com jovens cantando, carregando cartazes e distribuindo flores para a população -, terminou com cenas de guerra em diversas ruas do centro.

As primeiras bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam até por quase até meia-noite. Enquanto os policiais atacavam com bombas e tiros de bala de borracha, os manifestantes respondiam com pedras e rojões.

A polícia teria iniciado o confronto porque um acordo com os manifestantes teria sido rompido. Segundo o major Lidio Costa Junior, do Policiamento de Trânsito da PM, o combinado era que a manifestação, que começou na praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, se encerrasse na praça Roosevelt, ao lado da igreja da Consolação. "Se não é para cumprir acordo, não adianta reclamar das consequências", disse o major.

Ônibus estacionados, pedestres que passavam nas regiões onde houve confrontos e veículos de paulistanos viraram reféns da situação. Durante a troca de pedradas e bombas, muitos motoristas fecharam os veículos e se abrigaram no comércio da região. Em ônibus e estações de metrô, mulheres e crianças, além de adultos, sofreram com os efeitos do gás lacrimogêneo.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

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Fonte: Terra
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