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Prefeitura de SP anuncia área para moradia após ato do MTST

Protesto de sem-teto reuniu mais de 2 mil pessoas na capital; terreno no Campo Limpo deve ser desapropriado ainda neste ano

23 jul 2014 - 21h49
(atualizado às 23h28)
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A Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo anunciou na noite desta quarta-feira que vai iniciar ainda neste ano a desapropriação de um terreno no Campo Limpo, na zona sul da capital, para a construção de moradias populares.

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MTST fez protesto em frente à Secretaria Municipal de Habitação
Foto: Alan Morici / Terra

O terreno foi indicado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), e o anúncio ocorreu após um protesto que reuniu 2.500 manifestantes e travou o trânsito na avenida Paulista e nas ruas dos centro. O ato resultou em uma reunião entre representantes da secretaria e 13 coordenadores do MTST, e então houve o anúncio.

Além do terreno no Campo Limpo, o movimento já havia indicado outras 25 áreas para que a prefeitura avaliasse. As propostas foram apresentadas em abril deste ano, mas “apenas seis foram avaliadas como passíveis de serem utilizadas para construção de habitação de interesse social”, segundo nota enviada pela Secretaria de Habitação. Desses seis terrenos, apenas o do Campo Limpo terá o processo de desapropriação iniciado neste ano.

Terreno no Morumbi

O protesto desta quarta-feira tinha como principal objetivo buscar uma solução para as famílias da ocupação Portal do Povo, que fica em uma área da construtora Even, no Morumbi, já que a reintegração de posse do terreno foi determinada pela Justiça e deve ocorre em dez dias. Sobre essa ocupação, a secretaria afirma que vai avaliar as propostas apresentas nesta quarta-feira pelo MTST.

“O movimento apresentou seis áreas localizadas próximas à ocupação Portal do Povo (Morumbi), que serão avaliadas tecnicamente pela Secretaria Municipal de Habitação para saber se existe a viabilidade de construir habitação de interesse social”, disse a pasta, em nota.

Segundo o MTST, a ideia é que áreas particulares sejam desapropriadas e que áreas públicas sejam destinadas ao programa Minha Casa, Minha Vida - Entidades.

Quanto ao cadastramento das famílias do Portal do Povo, que o MTST anunciou que começaria na próxima semana, a secretaria afirma que “não pode fazer imediatamente o cadastramento das famílias” porque existem outras áreas aguardando cadastro, “seja por determinação judicial ou intervenção de obras públicas.”

Fonte: Terra
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