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Cidades

Prefeito de Porto Alegre reclama de atuação da Brigada Militar em greve

30 jan 2014 - 13h07
(atualizado às 13h58)
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<p>Grevistas bloquearam a entrada da garagem da Carris, impedindo a saída de ônibus no quarto dia de greve</p>
Grevistas bloquearam a entrada da garagem da Carris, impedindo a saída de ônibus no quarto dia de greve
Foto: Fernando Teixeira / Futura Press

O prefeito José Fortunati (PDT) usou o seu perfil no Twitter nesta quinta-feira para reclamar da atuação Brigada Militar (BM) durante a greve do transporte coletivo em Porto Alegre (RS). "Estamos procurando colocar os ônibus na rua para atender a população. Infelizmente a Brigada Militar não está dando o suporte necessário nas entradas das garagens. Desta forma meia dúzia de piqueteiros termina impedindo que os veículos cumpram com o papel. Que Deus abençoe a todos", postou. 

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) pediu que a BM atue nas garagens das empresas para garantir que os ônibus circulem, e policiais militares atuam de maneira preventiva nos locais onde há aglomeração de manifestantes. Em entrevista por telefone ao Terra, o coronel João Godói, do Comando de Policiamento da Capital (CPC) preferiu não rebater a crítica do prefeito, mas assegura que a segurança dos passageiros e dos rodoviários está garantida.

"Estamos desde que iniciou esse processo de greve presentes em todas as garagens, propiciando segurança para as pessoas que estão ali se manifestando e para a população que precisa do transporte público. Estamos agora com mais de 200 ônibus circulando em Porto Alegre, e nosso esforço é para que nesses eixos de deslocamento haja total segurança", afirmou o coronel. Ele explica ainda que a Brigada Militar não foi acionada para retirar os chamados "piquetes" das frentes das garagens, mas atua de maneira preventiva para evitar tumultos.

O prefeito escreveu ainda que o diretor-presidente da Carris, Sérgio Zimermann, anunciou a contratação de novos motoristas e o desconto dos dias parados dos grevistas. "Como o TCE marcou o julgamento dos itens pendentes para o cálculo da tarifa para o dia 12 de fevereiro, não existe mais desculpas para que os empresários e rodoviários negociem o reajuste salarial colocando um fim à greve do transporte coletivo. A partir do dia 13 poderemos começar a discussão sobre a planilha da tarifa que deverá ser profundamente revista neste ano como prevê a lei", completou.

Depois de paralisar em 100% a circulação do transporte coletivo na capital gaúcha, alguns ônibus voltaram a circular hoje. Ainda assim, o número de veículos nas ruas é inferior ao determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que acatou pedido da prefeitura e exigiu 70% da frota de ônibus atendendo a população nos horários de pico.

O não cumprimento da decisão do TRT implica em multa diária de R$ 50 mil para o sindicato, pela ilegalidade da greve. Uma nova reunião está marcada para hoje no TRT entre o sindicato patronal, sindicato dos rodoviários, Ministério Público do Trabalho e representantes da prefeitura. As empresas estão autorizadas a descontar os dias parados dos salários dos empregados e contratar emergencialmente outros trabalhadores para substituí-los. 

Durante a paralisação, os corredores de ônibus estão liberados para os lotações, que têm permissão para transportar passageiros em pé. Fora dos horários de pico, a ordem é manter 30% da frota de ônibus circulando.

Desde a tarde de terça-feira, os rodoviários de Porto Alegre decidiram retirar todos os ônibus de circulação da cidade. O valor da multa determinada pelo TRT será bloqueado de contas bancárias existentes em nome da entidade. Caso não haja saldo suficiente, a Justiça do Trabalho buscará outros meios para garantir o pagamento, incluindo a penhora de bens ou de valores que o sindicato tem a receber, como contribuição sindical e mensalidades.

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Fonte: Terra
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