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Polícia imobiliza e leva gestante em camburão na Aldeia Maracanã

O antigo Museu do Índio foi desocupado nesta sexta-feira, por ordem da Justiça Federal, a pedido do governo do Estado do Rio de Janeiro

22 mar 2013 - 12h01
(atualizado às 12h04)
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<p>Oficiais de Justi&ccedil;a chegaram ao local por volta das 8h, com o documento de imiss&atilde;o de posse deferido pela Justi&ccedil;a Federal a pedido do governo do Estado</p>
Oficiais de Justiça chegaram ao local por volta das 8h, com o documento de imissão de posse deferido pela Justiça Federal a pedido do governo do Estado
Foto: Ale Silva / Futura Press

Em clima tenso no prédio do antigo Museu do Índio, ocupado desde 2006 por índios de diversas etnias, uma mulher grávida foi cercada e imobilizada por policiais do Batalhão de Choque que, mesmo sob protestos, a colocaram em um camburão. A PM não informou qual seria o destino da mulher. O imóvel foi desocupado nesta sexta-feira, por ordem da Justiça Federal, a pedido do governo do Estado do Rio de Janeiro, que deseja reformar o local para receber o Museu Olímpico.

O índio Aron da Providência, da etnia Guajajara, que tinha sido algemado e detido pelos policiais mais cedo, foi liberado. Ele deu apoio a dezenas de pessoas, índios e manifestantes, em solidariedade, que se recusaram a sair do prédio. Eles também se recusaram a negociar uma saída pacífica com as autoridades e seguraram faixas com os dizeres "não passarão". A Secretaria Estadual de Assistência Social ofereceu três opções de lugar para abrigar os índios e também aluguel social.

A avenida Radial Oeste, uma das principais da cidade, que passa ao lado do antigo museu, foi parcialmente interditada e tinha apenas uma faixa acessível aos carros, no sentido Centro. No início da manhã, os policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e jogaram spray de pimenta nos manifestantes, que foram retirados à força do meio da via.

Oficiais de Justiça chegaram ao local por volta das 8h, com o documento de imissão de posse deferido pela Justiça Federal a pedido do governo do Estado. Acompanhados de integrantes do governo, de deputados estaduais e vereadores, eles tentavam convencer os índios e demais ocupantes do antigo museu a saírem pacificamente.

Agência Brasil Agência Brasil
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