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Cidades

PMs forçam jovens a se beijarem e se agredirem em Manaus

Investigação para identificar envolvidos deve durar 30 dias

27 ago 2014 - 17h39
(atualizado às 17h41)
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Mais um vídeo envolvendo policiais militares do Amazonas cometendo desvio de conduta vazou nas redes sociais nesta quarta-feira.

Nas imagens, os PMs obrigam dois adolescentes a fazerem flexões, se agredirem e, ainda, se beijarem. O vídeo, aparentemente, foi gravado dentro do alojamento de uma unidade militar da zona sul da capital amazonense. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-AM) já investiga o caso.

O vídeo de 1 minuto e 17 segundos começa com os dois adolescentes, que ainda não foram identificados, fazendo flexões de braço. As imagens mostram dois policiais militares, sendo um deles sargento, que segura um pedaço de pau e ameaça bater nos jovens.

Após a sessão de flexão, os adolescentes são insultados pelos PMs. Um deles chama os garotos de "africano" e de "índio". Um dos policiais ainda manda os garotos dizer que a "3ª Cicom é f*". A 3ª Companhia Interativa Comunitária é uma unidade da polícia militar que fica no bairro de Petrópolis, na zona sul de Manaus. Aparentemente, o vídeo foi feito dentro do alojamento da unidade militar.

O vídeo termina com os adolescentes sendo obrigados pelos PMs a se socarem e, em seguida, a se beijarem na boca. Um dos policiais ainda diz para os garotos que o beijo é para eles "selarem as pazes" e ainda alerta os garotos para "não roubarem mais".

Adolescentes são forçados por PMs a se beijarem em Manaus:

No 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP), delegacia da área da 3ª Cicom, nenhum caso de roubo envolvendo adolescentes foi apresentado pela PM desde o início da semana. Na Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI), para onde os adolescentes infratores devem ser levados em caso de apreensão, também não existe registro de flagrante apresentado por PMs da 3ª Cicom.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Paulo Roberto Vital, informou por meio de sua assessoria de imprensa que já determinou que o comando da PM abra sindicância para apurar a origem das imagens e as circunstância em que elas foram feitas. O vídeo também será encaminhado para a perícia da polícia civil. A sindicância para identificar os envolvidos deve durar 30 dias.

Fonte: Terra
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