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PI: CNJ flagra sapo em fórum e processos judiciais em banheiro

3 set 2012 - 20h26
(atualizado às 21h16)
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Yala Sena
Direto de Teresina

Processos judiciais armazenados em banheiros, presença de sapos assustando moradores, infiltrações e péssimas condições de trabalho foram flagradas nas inspeções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nas comarcas do Piauí. Nesta segunda-feira, o corregedor do Tribunal de Justiça do Piauí, Francisco Antônio Paes Landim Filho, afirmou que a situação das unidades judiciárias no Estado é "deplorável".

Condições deploráveis de trabalho foram flagradas nas inspeções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nas comarcas do Piauí
Condições deploráveis de trabalho foram flagradas nas inspeções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nas comarcas do Piauí
Foto: Divulgação

No fórum de Aroazes, a 219 km de Teresina, capital do Estado, os juízes constataram a presença de sapos em áreas de serviços, além de armas jogadas no chão e em local inapropriado. Nas imagens divulgadas pela Corregedoria são vistos servidores convivendo com marimbondos, papel higiênico em cima de processos e pia servindo para guardar monitor de computador. Em outros casos, o espaço de trabalho de servidores é do tamanho de uma carteira escolar.

Em coletiva, o corregedor anunciou que a ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, deu um prazo de 45 dias para fazer as licitações necessárias. A ministra encaminhou ao Tribunal de Justiça do Piauí um plano de reestruturação com 23 itens que determina concurso público, instalação de novo parque tecnológico e processo de digitalização de todos os processos.

"A situação podemos chamar de deplorável na medida em que fóruns cartórios e penitenciárias estão com estruturas insuficientes para a prestação de serviços", disse o corregedor. No Piauí existem 94 comarcas e, de acordo com o TJ, 70% deles precisam de reforma. O plano de reestruturação definido pela ministra Eliana Calmon prevê gastos de R$ 20 milhões.

Paes Landim revelou, ainda, que existem comarcas no Piauí que ficam até dois meses com sistema fora do ar, prejudicando o andamento dos processos. "O nosso parque está obsoleto, com precária conexão de internet, considerando que na maioria das comarcas o sistema fica fora do ar", garantiu o corregedor.

Fonte: Especial para Terra
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