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PA: sem grande mobilização, Marcha das Vadias volta às ruas em Belém

29 jun 2013 - 14h07
(atualizado às 14h18)
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Cerca de 200 pessoas participaram da terceira Marcha das Vadias na manhã deste sábado em Belém. O pequeno número de manifestantes contrasta com os dados no Pará: o Estado foi o quarto em número de queixas de violência contra mulheres no ano passado, de acordo com Mapa da Violência.

O clima dos protestos das últimas três semanas não ajudou os movimentos feministas a atraírem mais gente para a Praça da República; as últimas quatro grandes manifestações em Belém tiveram mais de 20 mil pessoas. Mesmo assim, a caminhada seguiu animada até a a Praça do Relógio, em frente ao mercado do Ver-o-peso. O tema central da marcha é a violência contra a mulher, mas os principais alvos de crítica foram o Estatuto do Nascituro e o projeto que ficou conhecido como "cura gay".

A última Marcha das Vadias em Belém levou mais mulheres às ruas, lembra Adira Azevedo, uma das organizadoras do evento de hoje e do ano passado. Para ela, o principal motivo para ter havido um pouco menos de gente na caminhada de hoje é o dia escolhido. "No domingo é melhor, porque tem muita gente na Praça da República. Além disso, a gente teve pouco tempo pra divulgar", explica. Quase 1200 pessoas confirmaram presença no evento criado pelo Facebook.

O número de pessoas não surpreende Eunice Guedes, integrante do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense. Para ela, o importante é que os movimentos feministas que participaram da marcha se mantenham ativos. "A gente tem que cobrar resposta efetiva do Estado, como atendimento social para mulheres violentadas. Aqui é simbólico; a cobrança tem que ser no dia a dia", explica.

Fonte: Especial para Terra
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