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MT: polícia investiga organização após incêndio em ônibus

Dois ônibus foram incendiados em Cuiabá em menos de 24 horas

28 jan 2015 - 11h10
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O ônibus queimado, da empresa Expresso Norte Sul, é da linha 721, que cruza a capital mato-grossense
O ônibus queimado, da empresa Expresso Norte Sul, é da linha 721, que cruza a capital mato-grossense
Foto: Reprodução

Em menos de 24 horas, dois ônibus de transporte coletivo foram incendiados na periferia de Cuiabá.

Na terça-feira, por volta das 23h30, no bairro Voluntários da Pátria, que fica na região do Pedra 90, três homens encapuzados e fortemente armados invadiram um coletivo da linha 721 – Voluntários da Pátria/Shopping Pantanal e ordenaram que os passageiros descessem. Em seguida, atearam fogo, com gasolina, no veículo da empresa Expresso Norte Sul, uma das concessionárias do serviço na capital mato-grossense.

A mesma coisa aconteceu na noite de segunda-feira, com outro veículo da mesma empresa.

Devido ao modo do bando de atuar – encapuzados e fortemente armados – as polícias Militar e Civil, que estão acompanhando juntas às ocorrências, acreditam que os atentados possam ter sido praticados por uma organização criminosa.

Conforme o aspirante Ferreira, oficial do dia do 24º Batalhão de PM, que abrange a área do Pedra 90, as informações ainda são vagas, embora logo após às ocorrências as viaturas de plantão tenham feito buscas nas imediações, orientadas pela própria população local, que repassou, anonimamente, informações sobre possíveis suspeitos.

Outra hipótese levantada inicialmente pela polícia foi que os incêndios possam ser retaliações de usuários do transporte coletivo ao aumento da tarifa, em vigor desde segunda-feira. A tarifa custava R$ 2,80 e passou para R$ 3,10.

O movimento social que está liderando a reação contra o aumento da passagem – Por uma Vida sem Catracas – nega qualquer ligação com o ato. O historiador Eduardo Matos acha que esse link “é uma forma de criminalizar” o movimento, que marcou para esta quarta-feira um protesto, às 17 horas, na praça Ipiranga, região central de Cuiabá.

Ano passado, 12 ônibus foram incendiados em cidades do interior de Mato Grosso, sendo seis coletivos, dois do transporte escolar e dois hospitalares. Mas na capital isso não teria ocorrido. Presidiários assumiram a autoria dos atentados, alegando ser uma reação violenta a transferências indesejadas e outras insatisfações com o sistema prisional. A polícia não citou inicialmente esses casos, como comparativos do que está ocorrendo na capital.

O delegado Simael Ferreira assumiu nesta terça as investigações, mas nesta quarta-feira de manhã está ocorrendo uma reunião fechada da Secretaria de Estado de Segurança Pública, para, em seguida, soltar uma nota à sociedade com explicações sobre o ocorrido e informando se vai ser formada uma força-tarefa que siga os passos dos incendiários.

O secretário da pasta, promotor Mauro Zaque, ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos, que representa a Expresso Norte Sul, disse, por meio da assessoria de imprensa, que vai aguardar as investigações policiais para só então fazer declarações públicas.

Fonte: Terra
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