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Motoristas de ônibus em greve param 100% da frota em Cuiabá

23 mai 2014 - 11h29
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A frota de coletivos que faz o transporte urbano na região metropolitana de Cuiabá (MT) está 100% parada desde as 4h30 desta sexta-feira. Isso significa que não estão circulando 380 ônibus urbanos. Na rotina, eles transportam cerca de 340 mil pessoas, principalmente trabalhadores.

Não houve acordo em uma audiência de conciliação ocorrida ontem no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), entre motoristas e empresários do setor. Por isso, o movimento grevista decidiu radicalizar dessa forma. "Vamos ficar parados nas garagens por tempo indeterminado", assegurou o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Coletivo (Stett), Ledevino Conceição. Segundo ele, não haverá atos mais agressivos, a exemplo dos que já aconteceram historicamente como queima de carros ou esvaziamento de pneus.

A greve dos motoristas foi deflagrada na terça-feira. A Justiça determinou que 70% da frota rodasse em horário de pico e 50% em horário normal. Descumprida a ordem, o sindicato foi multado em R$ 30 mil.

A intenção da categoria, que chega neste maio a sua data-base, é conquistar 7,15% de reajuste. Os empresários oferecem 5,8%. "Isso é muito abaixo do que estamos precisando", defende presidente da Stett. 

O Terra tentou falar com o presidente da Associação Matogrossense dos Transportes Urbanos (MTU), Ricardo Caixeta, mas ele não atendeu o celular. A assessoria de imprensa também não respondeu às tentativas.

No início da manhã, o trânsito estava menos movimentado do que o normal em Cuiabá, com fluxo de carros reduzido. Havia poucas pessoas nos pontos de ônibus, já que a informação de paralisação total foi divulgada no dia anterior, o que levou muitas pessoas a ficarem em casa.

O salário dos motoristas é de R$ 1.680. Com o reajuste, chegaria a R$ 1,8 mil. A categoria reivindica ainda aumento da gratificação de R$ 220 para R$ 250 e tíquete alimentação de R$ 400.

O presidente do Stett afirma que esses valores que estão pedindo é até pouco porque a categoria trabalha por sete horas, em um trânsito pesado, sob o calor de Cuiabá. “Muitos colegas adoecem com pressão arterial, diabetes, doenças cardíacas e psicológicas associadas ao estresse”, lamenta o sindicalista.

Fonte: Especial para Terra
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