PUBLICIDADE

Cidades

Ministério: governo de SP não repassou verba à Santa Casa

24 jul 2014 - 20h41
(atualizado às 20h47)
Compartilhar
Exibir comentários

O Ministério da Saúde emitiu nota, nesta quarta-feira, em que afirma que o governo do Estado de São Paulo não repassou R$ 74,7 milhões da verba federal que seria destinada à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A instituição vive uma crise financeira e chegou a fechar seu pronto socorro na última terça-feira, reaberto na noite de quarta-feira após o anúncio de repasse de R$ 3 milhões por parte da Secretaria Estadual da Saúde.

<p>A Santa Casa de Misericórdia tem dívidas com fornecedores de materiais hospitalares</p>
A Santa Casa de Misericórdia tem dívidas com fornecedores de materiais hospitalares
Foto: Divulgação

O Ministério afirmou que recebeu da Secretaria uma tabela com os valores que foram repassados à Santa Casa em 2013 e neste ano. A instituição, por sua vez, também enviou a contabilidade dos recursos recebidos. "Nessa avaliação de documentos, o Ministério da Saúde verificou que, em 2013, cerca de R$ 54,1 milhões de recursos federais que deveriam ser repassados para a Santa Casa não foram alocados para a entidade. Neste ano, o total chega a R$ 20,6 milhões", afirma a nota.

Os valores referentes ao SUS são repassados pelo governo federal ao governo estadual, que por sua vez os reapassam à Santa Casa. O Ministério da Saúde afirmou que a quantia não repassada pelo governo estadual é referente a "um novo sistema de financiamento federal. Ou seja, não recebe (a entidade filantrópica) somente pela tabela SUS e, para cada real aplicado, outro está sendo repassado para a entidade."

Ainda de acordo com o governo federal, em 2013, R$ 291,39 milhões foram transferidos pelo Ministério da Saúde para serem repassados à Santa Casa, e em 2014 essa quantia foi de R$ 126,37 milhões.

Entenda a crise na Santa Casa de São Paulo:

Quando do fechamento do pronto socorro, o provedor da Santa Casa, Kalil Rocha Abdalla, afirmou que o repasse de material hospitalar havia sido interrompido por a instituição ter um débito de R$ 50 milhões com os seus fornecedores.

O secretário de Saúde, David Uip, ao anunciar o repasse dos R$ 3 milhões para a normalização do atendimento de emergência, afirmou que as contas do hospital precisariam ser abertas, "a secretaria vai apenas checar se os valores estão batendo." 

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade