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Cidades

MG: manifestantes fecham BR-040 e centro de BH por mais de 12 horas

14 ago 2013 - 21h31
(atualizado às 21h36)
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Cerca de 100 manifestantes, moradores do bairro Gagé, em Conselheiro Lafaiete (MG), fecham a BR-040, na altura do quilômetro 622, há mais de 12 horas. A exigência dos moradores é que sejam construídos quebra-molas, além de outras medidas que evitem atropelamentos e acidentes neste trecho da rodovia. Eles solicitam a presença de algum representante do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) como contrapartida para liberarem o local. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde 5h a via está fechada e o congestionamento já ultrapassa os 10 quilômetros nos dois sentidos. Para evitar o local, motoristas devem seguir desvio, passando pela cidade de Ouro Branco.

Outro protesto também complicou o trânsito no centro da capital mineira. Aproximadamente 200 manifestantes da Polícia Civil queimaram caixões e fecharam a praça Sete de Setembro, no centro, por várias horas na tarde desta terça-feira. A categoria está em greve desde o dia 10 de junho e, após terem realizado reunião no pátio da Assembleia Legislativa do Estado, eles seguiram para o ato que contou com queima de caixões no meio da avenida Afonso Pena.

“A categoria decidiu por unanimidade continuar com o movimento grevista até que a Lei Orgânica seja votada e sancionada pelo governador”, afirma Adilson Bispo representante do Sindicato da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG). A Lei Orgânica define o plano de carreira dos policiais civis.

Uma reunião está marcada para sexta-feira, às 9h, na Assembleia Legislativa para pautar o projeto e agendar as datas da possível votação e tramitação da pauta. Enquanto isso, os policiais seguem acampados no pátio da instituição.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Especial para Terra
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