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Marcha de sem-teto bloqueia ruas e avenidas de SP

26 mar 2014 - 09h36
(atualizado em 27/3/2014 às 12h49)
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<p>Grupo partiu em marcha na zona oeste em direção à prefeitura</p>
Grupo partiu em marcha na zona oeste em direção à prefeitura
Foto: Gabriela Biló / Futura Press

Cerca de 4 mil manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) participam de uma marcha por moradia na capital. O movimento, que reivindica melhores condições de moradia, espera reunir mais de 5 mil pessoas vindas das principais ocupações da cidade: Dona Deda, Capadócia, Faixa de Gaza, Estaiadinha, Vila Nova Palestina, Chico Mendes, João Cândido, Che Guevara, Novo Pinheiro e Silvério. A concentração ocorreu ainda na madrugada no Largo da Batata, na zona oeste, e partiu pela avenida Brigadeiro Faria Lima, em direção à prefeitura, no centro.

Por volta das 9h, o grupo fechou a avenida Rebouças e começou a subida no sentido Consolação. De maneira pacífica, os manifestantes chegaram até a rua da Consolação por volta das 10h. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) orienta os motoristas a evitar a rota dos manifestantes. 

Às 11h, o grupo finalmente chegou ao viaduto do Chá. Representantes do MTST informaram que uma reunião com o secretário municipal de habitação, José Floriano, e com o secretário de relações governamentais, Paulo Frateschi, está marcada para 11h30.

Após a passeata, o Terra conversou com o líder do MTST, Guilherme Boulos, que explicou que o grupo não quer um confronto e procura um acordo com a prefeitura. "Viemos aqui para um acordo, até por que as reivindicações são bastante possíveis, dentro da legalidade e que a prefeitura pode cumprir tranquilamente"

Questionado sobre a possibilidade de não haver acordo, ele disse que o movimento avaliaria uma intensificação nas mobilizações. As reivindicações são diversificadas, segundo Boulos, que tenta um entendimento com o poder público. "Não tem um único ponto. Temos problema de despejo, projetos parados na secretaria de habitação - é um conjunto de reivindicações", completou.

Francisco Gomes Roldan, um dos coordenadores da ocupação Nova Palestina, disse que o objetivo do protesto é cobrar do prefeito Fernando Haddad a revogação do decreto municipal que destina a área da Nova Palestina ao interesse social. A área será destinada à construção de um parque. Mas os sem teto querem que a área se interesse da habitação. "Vamos exigir que ele (Haddad) cumpra o que foi acordado na última reunião", disse.

De acordo com Roldan, na área da Nova Palestina vivem, atualmente, 10 mil pessoas. Outra reivindicação é o avanço em projetos habitacionais nas áreas do Campo Limpo e Paraisópolis. O movimento também pede que os gestores da prefeitura não entre com ações de despejo em áreas ocupadas. 

Interdição em rodovia

Mais cedo, manifestantes bloquearam a pista sentido São Paulo da rodovia Anhanguera, na região de Osasco. Segundo a concessionária que administra a via, os manifestantes atearam fogo em pneus na altura do quilômetro 16. O protesto faz parte de um grande ato do movimento, que planeja bloquear outras vias da capital paulista.

Por volta das 7h30, o grupo começou a liberar a via e a caminhar em direção à capital. Às 8h, a pista sentido São Paulo da Anhanguera registrava lentidão entre os quilômetros 22 e 16.

Com informações da Agência Brasil

Colaborou com esta notícia o leitor Basílio Colares, de São Paulo (SP), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Terra
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