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Política

Manifestantes passam mais uma noite em frente à sede do governo paulista

5 ago 2013 - 07h58
(atualizado às 18h21)
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Os manifestantes continuam acampados em frente ao Palácio dos Bandeirantes
Os manifestantes continuam acampados em frente ao Palácio dos Bandeirantes
Foto: Luiz Claudio Barbosa / Futura Press

Aproximadamente 30 jovens continuam acampados em frente ao Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul de São Paulo. O grupo permanece em frente à sede do governo estadual e residência oficial do governador Geraldo Alckmin desde a madrugada de sábado, como forma de protesto contra a administração tucana. Segundo a Polícia Militar, eles acampam no local desde 1h do sábado, após participarem de um protesto na região da avenida Paulista, na última sexta-feira.

Eles pedem a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a recente denúncia de formação de cartel nas licitações do Metrô e da CPTM. Os manifestantes querem também a desmilitarização da polícia e a responsabilização do governo estadual em casos de violações de direitos humanos, entre eles a reintegração de posse da comunidade Pinheirinho, em São José dos Campos, e do Massacre do Carandiru.

Ontem, os manifestantes informaram que não houve confronto com a polícia que faz a guarda do palácio e que a situação é tranquila. "Eles pediram para a gente mudar de lado da rua e, que se a gente não mudasse, poderiam usar da força", disse um dos jovens, que não quis se identificar. Ele criticou, no entanto, que, no lado contrário à portaria, eles ficam mais expostos aos carros e sujeitos a acidentes. "Até porque não tem nenhum agente de trânsito aqui".

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um dos jovens que fazia parte do acampamento, um técnico em informática de 23 anos, foi detido no início da manhã deste domingo e levado para o 89º DP, no Portal do Morumbi. O boletim de ocorrência informa que ele foi pego por policiais militares "quando tentava fugir em um ônibus" após pichar o Portão 2 da sede do governo.

O jovem foi indiciado por danos ao patrimônio público e o delegado considerou também a conduta de causar tumulto em meio a manifestação pacífica por meio de atos de vandalismo. Foi definida fiança no valor de R$ 5 mil.

Os demais integrantes do protesto criticaram a prisão do técnico em informática e disseram que ele foi detido quando se deslocava para sua casa. "Ele foi abordado dentro de um ônibus. Quem está aqui agora está com medo de sair e ser surpreendido pela polícia", disse um dos manifestantes, que também pediu para não ser identificado.

Fonte: Terra
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