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Local onde começou incêndio tem tapeçaria de Tomie Ohtake

Peça em quatro cores ocupa parede do auditório Simón Bolívar, onde iniciou o incêndio no Memorial da América Latina

29 nov 2013 - 19h03
(atualizado às 19h05)
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Tapeçaria tem 70 metros de largura e ocupa parede de auditório
Tapeçaria tem 70 metros de largura e ocupa parede de auditório
Foto: Instituto Tomie Ohtake / Divulgação

O auditório Simón Bolívar, onde iniciou o fogo que atingiu o Memorial da América Latina, possui uma tapeçaria da artista plástica Tomie Ohtake. A peça, em quatro cores e com 70 m de largura, foi encomendada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, autor do projeto do memorial.

O Instituto Tomie Ohtake ainda não foi informado se a tapeçaria teria sido afetada pelo fogo, nem soube informar em quanto seria avaliado o trabalho, que reveste toda a parede lateral do auditório. A obra foi assinada em 1989 e inaugurada em 1990.

Nascida no Japão e naturalizada brasileira, Ohtake completou 100 anos neste mês. Em um livro sobre o memorial, a artista plástica disse que foi uma grande emoção ver o trabalho depois de pronto.

“O grande mural é um desenho com muitas linhas que se compõem numa grande forma, atravessando como num só gesto, todo o comprimento do auditório (…) Ver depois de pronto um painel com aquelas dimensões, feito em tapeçaria a partir de um desenho gestual, é uma grande emoção”, disse a artista, em um texto publicado no site do Memorial.

Parte do Painel Tiradentes, de Portinari
Parte do Painel Tiradentes, de Portinari
Foto: Memorial da América Latina / Divulgação

O fogo que atingiu o Memorial da América Latina começou no auditório por volta das 15h. O incêndio provocou muita fumaça e sete bombeiros tiveram de ser resgatados, sendo que dois deles ficaram inconscientes com queimaduras nas vias aéreas.

Além da tapeçaria de Ohtake, que pode ter sido afetada diretamente pelo fogo, outra obra importante do acervo do Memorial da América Latina é o Painel Tiradentes, do pintor Candido Portinari, que fica no Salão de Atos do Museu. Não há informações se o local foi invadido pela fumaça do incêndio.

Outra obra que se tornou o símbolo do memorial é a escultura A Mão, de Oscar Niemeyer. Localizada na Praça Cívica, foi feita em concreto. Na palma da escultura há o mapa do continente americano, pintado em esmalte sintético vermelho, que lembra sangue.

Fonte: Terra
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