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Lixo e risco de fuga de animais podem fechar zoo do Rio

Ministério Público deu 30 dias à Prefeitura para começar as obras aprovadas em 2014 e paradas até hoje

4 mar 2015 - 15h08
(atualizado às 17h55)
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Elefante faz a festa das crianças no zoológico do Rio, em São Cristóvão
Elefante faz a festa das crianças no zoológico do Rio, em São Cristóvão
Foto: Marcus Vinicius Pinto / Terra

O zoológico do Rio pode fechar por risco de fuga de animais e por acúmulo de lixo em suas dependências. O Ministério Público fez, nesta quarta-feira (4), uma série de recomendações à Prefeitura, Fundação Rio Zoo e à Companhia de Lixo Urbano (Comlurb), que têm agora 30 dias para iniciar as obras aprovadas em 2014, com orçamento de R$ 8,5 milhões, mas que não saíram do papel até agora por falta de verba.

No relatório divulgado, o MP pede à fundação Rio Zoo (que gerencia o Zoológico do Rio) que reative o setor de reprodução de felinos, o centro de reprodução de aves, que está parcialmente desativado e fechado ao público, e que reforme algumas grades axidadas do setor chamado Viveirão. Além disso, em alguns setores foi constatado que as más condições das grades podem proporcionar fugas de animais ou mesmo invasão de bichos em jaulas de outras espécies.  

Há problemas também no chamado setor extra, onde os animais recebem atendimento médico, descansam das visitas do público, podem ficar isolados por qualquer motivo e os novos animais ficam em período de adaptação. A última reforma do local foi em 1993, por falta de condições. O zoo não pode receber animais oferecidos pelo Ibama.

O lixo também é um problema grave do zoológico. De acordo com o MP, é preciso que o lixo seja descartado de forma correta e indica a necessidade da implantação de um projeto de coleta seletiva, além da disponibilização de uma caçamba compactadora, já que o lixo pode até mesmo causar doenças aos visitantes. “Atrás do setor extra localiza-se a área onde fica depositado o lixo. É um local onde os resíduos ficam espalhados. Do local, exalava mau cheiro, e havia grande quantidades de vetores (urubus e moscas)”, diz o relatório.

Por fim o Ministério Público, através do procurador Sérgio Suiama, pediu que o zoológico se adeque ao pedido de reformas feito pelo Ibama, ainda em 2008, para que se evite o fechamento do local, que tem cerca de 2100 animais e recebe cerca de 10 mil visitantes nos fins de semana. A prefeitura do Rio e a fundação Rio Zoo prometeram uma resposta aos questionamentos do MP ainda nesta quarta-feira.

A Prefeitura do Rio se manifestou por meio de nota: "a Prefeitura do Rio não foi comunicada oficialmente de nenhuma ação do Ministério Público Federal relacionada ao fechamento Zoológico do Rio. Tão logo seja informada do conteúdo da ação do MPF, a prefeitura vai analisar as exigências do órgão".

Fonte: Terra
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