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Laudo de explosões de bueiros depende de ajuda da Light e CEG

16 jul 2011 - 08h35
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Órgão responsável por fazer o laudo sobre as explosões dos bueiros na rua da Assembleia, no centro do Rio, o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) está trabalhando com equipamentos e em laboratórios cedidos pelas duas concessionárias envolvidas nos incidentes: Light e a Companhia Estadual de Gás (CEG). Isso porque a perícia da Polícia Civil não tem aparelhos para medir, detectar e analisar gás, nem sensores para constatar temperaturas em emendas de fios nem os 'explosímetros', que detectam vapores inflamáveis.

"Temos zero equipamentos para medições em bueiros. Faríamos o trabalho mais rápido se tivéssemos material nosso", admitiu o chefe do setor de engenharia do ICCE, Luiz Alberto Coelho, ao ser questionado sobre os aparelhos que estavam sendo usados para confecção do laudo. "Mas não há chance de haver comprometimento do trabalho que estamos realizando", completou o policial.

Por meio de suas assessorias, as concessionárias CEG e Light afirmaram que contribuem para o trabalho da perícia, mas não quiseram detalhar de que forma ajudam, nem comentar se cedem funcionários para auxiliar no trabalho dos peritos.

Por causa das explosões, a equipe de Engenharia do ICCE está passando por um curso para normatizar os procedimentos de perícia envolvendo câmaras subterrâneas. Sete policiais estão no grupo treinado. "Temos profissionais com competência para este tipo de trabalho, mas é um fato novo essas explosões. Então, precisamos criar algumas padronizações na perícia", explicou Coelho.

Obra da GVT é investigada por peritos

A perícia analisa se a caixa de concreto da empresa de telefonia GVT danificou a tubulação da CEG em um dos 4 bueiros que explodiram na rua da Assembleia, o que teria contribuído para o incidente. Sem revelar o nome, a CEG já havia dito que fora obra de outra empresa que atingiu seus dutos e levou a vazamento.

A GVT informou que as suas obras no cruzamento da rua da Assembleia e avenida Nilo Peçanha, entre janeiro e fevereiro, foram autorizadas pela prefeitura.

Bueiro apresenta adesivo de um estopim na rua Visconde de Pirajá, no Rio
Bueiro apresenta adesivo de um estopim na rua Visconde de Pirajá, no Rio
Foto: Marcos de Paula / Agência Estado
Fonte: O Dia
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